MANACÁ-DA-SERRA – TIBOUCHINA MUTABILIS

Sementes
Folha

Nome Científico: Tibouchina mutabilis

Nomes Populares: Manacá-da-serra, Cuipeúna, Jacatirão, Manacá-da-serra-anão.

Família: Melastomataceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais.

Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical.

Origem: América do Sul, Brasil.

Altura: 2.4 a 3.0 metros, 3.0 a 3.6 metros, 3.6 a 4.7 metros.

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

O manacá-da-serra é uma árvore semidecídua nativa da mata atlântica, que se popularizou rapidamente no paisagismo devido ao seu florescimento espetacular. Seu porte é baixo a médio, atingindo de 6 a 12 m de altura e cerca de 25 cm de diâmetro de tronco. As folhas são lanceoladas, pilosas, verde-escuras e com nervuras longitudinais paralelas. As flores apresentam-se solitárias e são grandes, vistosas e duráveis. Elas desabrocham com a cor branca e gradativamente vão tornando-se violáceas, passando pelo rosa. Esta particularidade faz com que na mesma planta sejam observadas flores de três cores. A floração ocorre no verão e a frutificação no outono. O manacá-da-serra é uma excelente opção para o paisagismo urbano, pois não apresenta raízes agressivas, permitindo seu plantio em diversos espaços, desde isolado em calçadas, até em pequenos bosques em grandes parques públicos. Seu crescimento é rápido e além da árvore, encontra-se disponível no mercado uma variedade anã, o manacá-da-serra-anão. Esta variedade, conhecida como ‘Nana’, alcança de 2 a 3 m de altura e é mais precoce, iniciando a floração com menos de meio metro. Com seu porte arbustivo, ela é apropriada para o uso isolado ou em grupos e renques. Sua floração ocorre no inverno, ao contrário da forma arbórea típica. Também pode ser conduzida em vasos. O manacá deve ser cultivado sob sol pleno, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado periodicamente por pelo menos um ano após o plantio no local definitivo. Planta característica de clima tropical úmido é tolerante ao clima ameno das regiões subtropicais. Multiplica-se por sementes, estacas e alporques. A variedade ‘Nana’ (manacá-da-serra-anão) só pode ser multiplicada por estaquia e alporquia, pois os descendentes oriundos de sementes, podem não apresentar as características típicas desta variedade e atingir o porte arbóreo.

Manacá da Serra (Tibouchina mutabilis) – Descrição: Árvore de folhas perenes, de altura em torno de 7 a 12,0 metros, tronco cinzento claro com DAP em torno de 30. As folhas são rígidas, verdes escuras e de nervuras longitudinais, característica desta família de plantas. As flores são de 5 pétalas, plantas na cor rosa forte e tornam-se claras quando envelhecem. O fruto é pequeno do tipo cápsula que se abre espontaneamente, liberando pequenas sementes. Floresce na primavera quando em cultivo no Sul, mas em outras regiões pode ocorrer de novembro a fevereiro. Pode ser cultivada em regiões de clima ameno a quente.

Manacá da Serra (Tibouchina mutabilis) – Modo de cultivo:

É uma árvore que ocorre do Rio de Janeiro até Santa Catarina, mas que pela beleza de suas flores está sendo aclimatada em outras regiões. Ao natural surge em encostas úmidas da Serra do Mar, sendo considerada pioneira em florestas secundárias. Necessita de sol e solo fértil e de umidade moderada. Para plantar, abrir um buraco maior que o torrão da muda. Colocar adubo animal de gado bem curtido, cerca de 1 kg/muda misturado a composto orgânico oriundo de folhas decompostas. Colocar também 100 gramas de farinha de ossos. Misturar tudo bem. O fundo do buraco e as laterais deverão ser remexidos para evitar a compactação da terra, permitindo que a muda se desenvolva bem. Colocar a muda no buraco depois de cortar o balde de plantio e retirar o torrão. Nas laterais colocar também a mesma mistura. Regar bem. Se necessário, usar tutor de estaca de eucalipto. Para amarrar, usar cordão de sisal ou algodão, dando a forma de oito para não estrangular a planta quando esta crescer. Manter as regas diárias até uns 10 dias, caso não chova no período.

COMO FAZER MUDAS DE MANACA DA SERRA

Passo a passo

O mais importante na criação de mudas é seguir alguns critérios com diligências. Escolher a matriz que se quer reproduzir é um passo importante, pois produzirá muda forte e de qualidade. Tanto a poda quanto o plantio, a melhor época é fazer nas Luas fracas: Lua Nova ou Minguante repare que isto faz diferença. Siga os passos abaixo para fazer a muda de Manacá da Serra.

Prepare a terra e o recipiente onde a muda permanecerá temporariamente. A terra deve ser adubada e arenosa. O recipiente pode ser um saquinho plástico próprio para mudas ou um vasinho.  Corte um galho maduro de aproximadamente 30 centímetros da planta. Retire o excesso de folha e ramos. Deixando o galho com apenas 4 a cinco folhas do topo. Tomando cuidado para não quebrar os locais onde se nascerão os brotos se houver. Mergulhe a base do galho na solução do hormônio vegetal por 15 minutos. Isto obrigará a planta a produzir raízes mais rápidas. Plante no saquinho ou vaso com terra preparada, coloque num local arejado e com bastante luz, mas que não receba os raios diretos do Sol. Regue regularmente mantendo a terra sempre úmida, porém não encharcada.

COMO FAZER MUDAS DE MANACA DA SERRA

A reprodução assexuada é a mais eficiente e o método mais viável para gerar novas plantas. A reprodução por sementes ou caroços é um método arcaico que só deve ser usado em plantas que não permite métodos de reprodução assexuados, tais como enxerto e alporquia. Geralmente em 15 dias as raízes estarão brotando, o hormônio vegetal acelera grandemente o aparecimento das raízes e sucesso na criação de mudas. Conforme a planta os brotinhos com novos ramos poderão surgir antes ou depois das raízes. O viveiro de Manacá da Serra, local onde ficará temporariamente a muda, deve ser instalado em área plana, próximo da fonte de água, em local ventilado e de fácil acesso, longe de plantas velhas e doentes, além disso, deve-se preferir locais com solos de textura média a arenosa e bem drenada. Na oportunidade eliminam-se as mudas raquíticas, deformadas, estioladas, albinas e de aspecto ruim. Todo o material descartado deve ser queimado. Importante, porém…: Quando fizer o transplante da muda para o local definitivo, geralmente o vaso ou local do cultivo, plante a muda de Manacá da Serra consorciada com um musgo. O musgo é uma planta que não compete com a cultura, ela se alimenta exclusivamente de água e ar. Ela não consome os nutrientes da planta e é fundamental para o equilíbrio do ecossistema, ela impede a perda de água do solo, aumenta o oxigênio da planta etc. Leia mais sobre os tipos de musgos e suas características.

Quando plantar no chão recomenda-se a utilização de um substrato ou terra preparada com adubo que contenha mais fósforo para agilizar o enraizamento. Regar todos os dias até o seu enraizamento (aproximadamente 1 mês). Após 1 mês iniciar a adubação com N-P-K mais micronutrientes, na dosagem recomendada pelo fabricante. No caso de ser plantada em vaso, o cuidado deve ser maior, a frequência de rega deve ser aumentada, principalmente quando a planta estiver mais desenvolvida. A adubação segue o mesmo princípio da rega, quanto maior a planta, maior a frequência. Recomenda-se a adubação a cada 15 dias conforme a dosagem do fabricante, detalhe importante é escolher o adubo com N-P-K mais micronutrientes. Pode ser podada para deixar na altura desejada. Recomenda-se fazer a poda sempre após a floração, deixando sempre algumas folhas para a árvore continuar sobrevivendo, se possível utilizar uma tesoura bem afiada e em seguida utilizar calda bordalesa para a cicatrização e evitar fungos.

BONSAI

Poda: deve ser sempre feita após a floração e como já foi dito de preferencia nas luas fracas (minguante ou nova), isso se deve ao fato que a quantidade de seiva perdida será menor

Substrato: o tipo de solo é um dos passos mais importantes de como plantar um manacá da serra ,deve ser  rico em matéria orgânica e com boa drenagem, eu sugiro 1 parte de areia , 1 parte de caco de telha e 1 ou 2 partes de terra vegetal (chamo de terra vegetal o produto proveniente de compostagem)

Clima: o manacá da serra é uma arvoreta que aprecia áreas tropicais, mas suporta super bem climas frios durante o inverno

Insolação: sol pleno

Rega: as regas do manacá da serra devem ser diárias durante o período de floração, regulares em época de pouca chuva e moderada em época de muita chuva

Aramação: deve ser feita nos galhos novos, já conduzindo para onde queremos, isso facilita, uma outra dica é deixar sem molhar por um dia, ou seja, vou aramar amanhã, hoje não molho.

Tipos de manacá/resumo

Manacá-de-cheiro: Também pode ser conhecido como manacá-de-jardim, romeu-e-julieta ou primavera. Esse manacá pertence à família Solanaceae e ao gênero Brunfelsia. Esse gênero possui muitas espécies de difícil distinção devido algumas características similares. Entre elas, destaca-se a espécie Brunfelsia uniflora, o manacá-de-cheiro, planta nativa do Brasil com distribuição pelos biomas Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. O manacá-de-cheiro é uma planta lenhosa, com porte arbustivo de até 3 metros de altura. As folhas são de cor verde-escuras, lisas, elípticas a obovadas. Apresenta inflorescência na primavera com flores de cor violeta que vão perdendo a tonalidade até ficarem brancas. Essas flores, além de causar um belo efeito ornamental, salpicando a planta com tonalidades violeta e branca, devido as flores que envelhecem ao mesmo tempo em que outras vão surgindo, ainda são aromáticas e exalam um delicioso perfume. Outro fato sobre o manacá que deve ser de conhecimento, é sobre a relação ecológica com a borboleta da espécie Methona themisto. Essa borboleta, conhecida como borboleta-do-manacá, deposita os ovos na planta, ocasionando no nascimento de lagartas de cor preta com listras amarelas e que se alimentam exclusivamente dessas folhas. Essas lagartas não são pragas e não devem ser retiradas, pois logo a planta se recupera com vigorosas brotações, e as lagartas se transformam em borboletas que em troca polinizam as flores do manacá. A reprodução do manacá-de-jardim pode ser feita por sementes, por mudas que nascem das raízes da planta adulta e por alporquia.

Manacá-da-serra: O manacá-da-serra pode também ser conhecido como jacatirão e cuipeúna. Pertence à família Melastomataceae e de nome científico Pleroma mutabile. É uma árvore nativa e endêmica do Brasil, ocorrendo nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, principalmente na Serra do Mar, como árvore pioneira em matas secundárias. Apresenta ampla dispersão, se tornando em muitos locais uma espécie dominante. O manacá-da-serra possui porte de até 10 metros de altura. As folhas são lanceoladas, com tricomas (pelos), margem lisa e cinco nervuras. A inflorescência ocorre na primavera e verão, com belas flores que desabrocham brancas, podendo ter as bordas lilás, até tornarem-se totalmente lilás. A árvore promove um deslumbrante efeito multicolorido na floresta, com a copa recheada de flores de tonalidades diferentes ao mesmo tempo, e em contraste com o verde. Os frutos são pequenas cápsulas que se abrem naturalmente liberando as sementes. A reprodução pode ser feita por sementes, que não possuem dormência, com boa taxa de germinação quando coletadas assim que amadurecem, ou por estaquia de parte dos ramos. O manacá-da-serra é uma árvore de grande valor ornamental, sendo indicada para o paisagismo urbano de praças, calçadas e jardins residenciais, mas por ser originária de encostas úmidas da Serra do Mar, não é recomendada para regiões que possuem clima seco.

Manacá-da-serra-anão: Este manacá é uma variedade comercial e anã da espécie arbórea que vimos anteriormente (pleroma mutabile). Portanto, possui porte arbustivo de no máximo 4 metros de altura. A inflorescência apresenta as mesmas características, com flores que desabrocham brancas e tornam-se lilás, não possuem aroma, a única diferença é que a espécie arbórea floresce no verão, enquanto o manacá anão floresce no inverno. O florescimento ocorre desde muito cedo, com a muda ainda em desenvolvimento, visto que são feitas a partir de estacas de plantas adultas que já florescem. Para fazer mudas com as características idênticas da planta anã, a propagação deve ser feita por estaquia dos galhos ou alporquia. Já por sementes, podem ocasionar em plantas com porte arbóreo. O manacá-da-serra-anão é muito comercializado para fins paisagísticos devido à bela floração e o porte pequeno, ele pode ser cultivado até em vasos e a sol pleno.

Principais estilos (estes estilos são escolhidos por mim, é o meu gosto para a espécie, não quer dizer que sejam os únicos)

©2024 Mybonsai Paulo Schweitzer

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