Romãzeira – Punica granatum

Romãzeira – Punica granatum

Nome Científico: Punica granatum

Nomes Populares: Romãzeira, Romã, Romeira.

Família: Lythraceae

Categoria: Árvores, Árvores Frutíferas, Bonsai, Medicinal.

Clima: Continental, Equatorial, Mediterrâneo, Subtropical, Tropical.

Origem: Oriente Médio

Altura: 2.4 a 3.0 metros, 3.0 a 3.6 metros, 3.6 a 4.7 metros.

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

A importância da romã é milenar, ela aparece nos textos bíblicos e os gregos a consideravam como símbolo do amor e da fecundidade. Para os judeus, a romã é um símbolo religioso com profundo significado no ritual do ano novo, pois se acredita que o ano que chega sempre será melhor do que aquele que vai embora. É uma arvoreta que atinge de 2 a 5 m, de tronco acinzentado e ramos avermelhadas quando novos. A romãzeira se adapta desde os climas tropicais e subtropicais aos temperados e mediterrânicos. As flores da romãzeira são vermelho-a laranjadas e simples, ocorrendo variedades de flores dobradas como a “Legrellei”. Os frutos são esféricos, com casca coriácea e grossa, amarela ou avermelhada manchada de escuro. O seu interior é composto de muitas sementes, cobertas por um tegumento espesso, polposo de cor rósea ou avermelhado, de sabor ácido e doce. É esta polpa que envolve as sementes a parte comestível do fruto. Sua popularidade no paisagismo tem aumentado muito nos últimos tempos. A utilização da romãzeira é usual em jardins de estilo mediterrâneo e é crescente seu cultivo em vasos, adaptando-se aos jardins em varandas e pequenos espaços. A variedade “Nana” (Mini romãzeira) é a mais apropriada para esta utilização. Pode ser cultivada em grande variedade de solos, preferindo os profundos, sempre sob sol pleno. Rústica, tolera moderadamente a salinidade, as secas e o encharcamentos. Resiste às temperaturas baixas de inverno e é sensível às geadas tardias de primavera. Multiplica-se por sementes.

 

Romã

A romã é uma infrutescência da romãzeira (Punica granatum), fruto vulgar no mediterrâneo oriental e médio oriente onde é tomado como aperitivo sobremesa ou algumas vezes em bebida alcoólica. O seu interior é subdividido por finas películas, que formam pequenas sementes possuidoras de uma polpa comestível.

Fruto

É uma baláustia. É coberto por uma casca coriácea de cor castanho brilhante e contém suco de carmesim, em bolsa individuais, contendo cada uma grande semente. Contém alcaloides como a pelieterina e isopelieterina; e os taninos gálicos.

 

História

Segundo pesquisadores russos, a romãzeira provém da Grécia, Síria e Chipre e também centro do Oriente Próximo, que inclui o interior da Ásia Menor, a Transcaucásia, o Irã e as terras altas do Turcomenistão, junto com outras plantas frutíferas como a figueira, macieira, pereira, marmeleiro, cerejeira, amendoeira, avelaneira e castanheira.

A importância da romã é milenar, aparece nos textos bíblicos, está associada às paixões e à fecundidade. Os gregos a consideravam como símbolo do amor e da fecundidade. A árvore da romã foi consagrada à deusa Afrodite, pois se acreditava em seus poderes afrodisíacos. Para os judeus, a romã é um símbolo religioso com profundo significado no ritual do ano novo quando sempre acreditam que o ano que chega sempre será melhor do que aquele que vai embora.

Segundo a Bíblia, quando os judeus chegaram à terra prometida, após abandonarem o Egito, os 12 espias que foram enviados para aquele lugar voltaram carregando romãs e outros frutos como amostras da fertilidade da terra que Jeová (Deus) prometera. Ela estaria presente nos jardins do Rei Salomão. Foi cultivada na antiguidade pelos fenícios, gregos e egípcios. Em Roma, a romã era considerada nas cerimônias e nos cultos como símbolo de ordem, riqueza e fecundidade.

Os semitas a chamavam de rimmon; entre os árabes, era conhecida como rumman; mais tarde, os portugueses a chamaram de romã ou “Roman”. Na Idade Média, a romã era, frequentemente, considerada como um fruto cortês e sanguíneo, aparecendo também nos contos e fábulas de muitos países. Os povos árabes salientavam os poderes medicinais dos seus frutos e como alimento. Tanto a planta como o fruto têm sido utilizados em residências ou em banquetes pelo efeito decorativo das suas flores e dos seus frutos, além do seu uso como cerca viva e planta ornamental.

 

Cultivo e Comércio

São famosas as romãs da Provença, de Malta, da Espanha, da Itália. O seu cultivo é realizado em mais de 100 países do mundo. Dos países do Mediterrâneo, atravessou o Atlântico e acabou aportando no Brasil. Neste país a planta encontrou todas as condições favoráveis para um crescimento vegetativo, florescimento, frutificação e produção de frutos de primeira qualidade. O seu maior interesse no mundo está no seu cultivo para o consumo como fruta fresca. Também tem a sua aplicação em clínicas especializadas no campo da medicina moderna e para receitas especializadas.

A Espanha é um dos mais importantes países produtores do mundo e o maior produtor e exportador do mercado comum europeu. A Turquia, com 60 000 toneladas, e a Tunísia, com 55 000 toneladas, são grandes produtores mundiais, mas, nestes dois países, existe um sistema de cultivo menos intensivo e menos especializado quando comparado com o cultivo na Espanha, e uma rede de comercialização pouco desenvolvida, com apenas 2 a 7% de exportação da sua produção total.

Tradicionalmente, o Reino Unido tem sido o principal comprador de romã da Espanha, com os seus frutos destinando-se fundamentalmente ao consumo ao natural e especialmente nas zonas de mineração da Inglaterra, devido às suas propriedades benéficas frente à contaminação de metais pesados.

Entre os principais países importadores, estava, em primeiro lugar, a Inglaterra, que absorvia os frutos de calibres pequenos; em segundo lugar, a França, que queria os frutos de grande calibre; em terceiro lugar a Itália que, nos últimos anos, estava aumentando muito a quantidade importada de romãs da Espanha. Em quarta posição, encontram-se os países árabes, que aceitavam frutos de qualidade um pouco inferior e que representam muito para a Espanha para poder descongestionar o resto dos mercados e evitar uma oferta excessiva de frutos.

 

Benefícios para a saúde

Estudos mostraram que a romã pode ajudar a reduzir a pressão arterial e ser utilizada na prevenção de alguns problemas cardiovasculares. Um estudo da Universidade Queen Margaret, na Escócia, mostra que o seu consumo leva a um aumento de testosterona que pode variar entre 16 e 30 por cento.

 

 

Ficha com os cuidados de cultivo para a Romãzeira Bonsai

NOME COMUM – Romãzeira

NOME CIENTÍFICO – Punica granatum

CARACTERIZAÇÃO – Pertence á família das Punicáceas e é oriunda do Mediterrâneo.

De porte pequeno a médio (arbusto no caso da variedade “nana” muito utilizada em Bonsai), tem folha caduca e floresce abundantemente desde a Primavera, dando frutos no final do Verão.

Existe uma variedade japonesa muito apreciada, a Punica granatum Nejikan, pelo seu tronco retorcido. Esta variedade é de médio porte e dá frutos grandes.

LOCALIZAÇÃO: Deve viver no exterior todo o ano, embora seja sensível às geadas fortes. Gosta de exposições soalheiras, mas deve ser protegida no pico do Verão do sol forte para não perder os frutos.

REGA: Tem um consumo moderado de água .

NUTRIÇÃO:

  • Janeiro =Adubo químico de liberação gradual
  • Abril/ Maio = Adubo orgânico
  • Setembro = Adubo químico de liberação gradual/ Adubo orgânico
  • Outubro/ Novembro= Adubo orgânico

PODA: Podar para manter a forma a mais “curta” possível durante a Primavera. Desta forma obteremos flores e frutos junto á copa. Quando começamos a ver flores, devemos evitar cortá-las.

TRANSPLANTE: inicia da primavera, antes de a brotação iniciar.

ARAMAÇÃO Podem ser aramadas no final do Outono ou no Inverno, sempre depois da queda das folhas.

Nota :  este artigo se refere a ROMà (Punica granatum) e não a tal da mini romã que é uma porcaria

 

PRINCIPAIS ESTILOS

 

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