Criptoméria – Criptoméria japônica

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Criptoméria – Criptoméria japônica

Nome comum: Criptoméria, Cedro criptoméria amarelo.

Nome científico: Criptoméria japônica

Família: Cupressaceae (anteriormente Taxodiaceae)

Subfamília: Taxodioideae

Origem: China e Japão

Classificação científica

Reino: Plantae

Divisão: Pinophyta

Classe: Pinopsida

Ordem: Pinales

Género: Criptoméria

Sugi é a árvore nacional do Japão, comumente plantada ao redor de templos e santuários , com muitas árvores impressionantes plantadas séculos atrás. Sargent (1894; The Forest Flora of Japan ) registrou o caso de um daimyō (senhor feudal) que era muito pobre para doar uma lanterna de pedra no funeral do shōgun Tokugawa Ieyasu (1543-1616) em Nikkō Tōshō-gū , mas solicitou em vez disso, poder plantar uma avenida de sugi, para que “os futuros visitantes fiquem protegidos do calor do sol”. A oferta foi aceita; a Avenida do Cedro de Nikkō , que ainda existe, tem mais de 65 km (40 milhas) de extensão e “não tem igual em grandiosidade imponente”.

Jōmon Sugi (縄 文 杉) é uma grande árvore criptoméria localizada em Yakushima , um Patrimônio Mundial da UNESCO , no Japão. É a maior e mais antiga entre as antigas árvores de criptoméria da ilha, e é estimada entre 2.170  e 7.200 anos de idade.

As criptomérias são frequentemente descritas e referenciadas na literatura japonesa. Por exemplo, as florestas de criptoméria e seus trabalhadores, localizados nas montanhas ao norte de Kyoto , são apresentados no famoso livro de Yasunari Kawabata , The Old Capital .

Criptoméria Thunberg ex Linnaeus é um género monotípico de coníferas pertencentes à família Cupressaceae, anteriormente incluído na família Taxodiaceae. O género inclui apenas a espécie Criptoméria japônica (L.f.) D.Don (sin.: Cupressus japônica L.f.), uma árvore de grandes dimensões endémica do Japão, onde é conhecida pelo nome de sugi (em japonês: ?). A árvore tem nos países lusófonos os nomes comuns de criptoméria ou cedro-japonês (apesar de ser um cipreste e não um membro do género Cedrus).

 

Outros nomes comuns

A árvore tem, ainda, sido designada pelos seguintes nomes:

  • Araucária do japão;
  • Árvore de natal;
  • Cedro japonês;
  • Cedro do Japão.

 

Descrição

A Criptoméria japônica um mega fanerófito perenifólio, monoico, que em condições favoráveis pode atingir até 70 m de altura e mais de 4 m de diâmetro do tronco. A copa é cónica, com tronco direito e esbelto e ramagens direitas a levemente decumbentes. O ritidoma é acastanhado avermelhado, rugoso, desprendendo-se espontaneamente em tiras verticais. Os ramos são verticilados, ascendentes nas pontas. As folhas são lineares, semelhantes a agulhas, inseridas em espiral, verde azuladas, com 0,5-1,0 cm de comprimento. O fruto é um estróbilo globular, com 1–2 cm de diâmetro e cerca de 20–40 escamas, que se abre quando seca, libertando numerosas sementes aguçadas. Quando seca ao ar, a densidade inicial da madeira de criptoméria é de 300–420 kg/m3. E apresenta um módulo de Young de 8017 MPa, 753 MPa e 275 MPa, respectivamente nas direções longitudinal, radial e tangencial em relação às fibras da madeira. Criptoméria cresce bem em solos profundos e bem drenados em climas quentes e úmidos, sendo nessas condições considerada uma espécie de crescimento rápido. Tolera maus solos pobres e climas secos ou frios. A espécie é superficialmente similar à sequoia-gigante (Sequoiadendron giganteum), com a qual é aparentada, mas pode ser facilmente diferenciada pelas folhas mais longas (menos de 0,5 cm na sequoia-gigante), pelos cones menores (4–6 cm na sequoia-gigante) e pela casca mais rija (esponjoso na sequoia-gigante). A criptoméria é cultivada na China desde tempos imemoriais, sendo mesmo considerada por alguns botânicos como nativa. As formas desde há muito selecionadas na China para fins ornamentais e para produção de madeira foram descritas como uma variedade distinta, a Criptoméria japônica var. sinienses (ou mesmo como uma espécie distinta, a Criptoméria fortunei), mas estudos recentes consideram que os espécimes chineses podem ser enquadrados na variabilidade natural encontrada nas populações selvagens do Japão. Por outro lado, não há provas incontroversas de que a espécie tenha ocorrido na China em estado selvagem, pois análises genéticas da mais famosa população chinesa de Criptoméria japônica var. sinienses, na Montanha Tianmu, onde existem árvores com uma idade estimada de 1000 anos, suporta a hipótese de que aquela população resultou de uma introdução deliberada. Criptoméria serve de alimento às larvas de algumas borboletas noturnas (traças) do gênero Endoclita, incluindo Endoclita auratus, Endoclita punctimargo e Endoclita undulifer. O. O pólen de criptoméria (a par do pólen de Chamaecyparis obtusa) é a principal causa de febre-dos-fenos no Japão.

 

Simbolismo e usos

A criptoméria (sugi) é a árvore nacional do Japão, sendo comum a sua plantação em torno de templos e de santuários shinto, existindo muitos espécimes de grandes dimensões plantados há muitos séculos. Há registo do caso de um daimy? (senhor feudal do antigo Japão) que era demasiado pobre para oferecer uma lanterna de pedra para o funeral do shogun Tokugawa Ieyasu (1543–1616) em Nikk? T?sh?-g?, mas que solicitou que em vez dessa oferenda lhe fosse permitido plantar uma alameda de sugi, para que “futuros visitantes possam ser protegidos do calor do sol”. A oferenda foi aceite e a alameda, que ainda existe, tem mais de 65 km de comprimento, sem igual em grandeza. A criptoméria é frequentemente usada em silvicultura, sendo extensivamente plantada no Japão, na China e nos Açores. Como árvore ornamental é cultivada em múltiplas áreas temperadas, incluindo o Reino Unido e outras áreas costeiras da Europa, na costa ocidental da América do Norte e em regiões do Nepal e da Índia situadas no leste dos Himalaias. Um cultivar muito popular para uso ornamental é o “Elegans”, notável por reter a folhagem juvenil durante a sua vida adulta. Aquele cultivar produz pequenas árvores, com 5–10 m de altura, com folhagem macia e brilhante. Existe numerosos cultivares ananicados utilizados em jardins de rochas e para produzir bonsai, incluindo ‘tansu’, ‘koshyi’, ‘pequeno diamante’, ‘yokohama’ e ‘kilmacurragh. ‘Os seguintes cultivares ganhou o prémio Award of Garden Merit da Royal Horticultural Society:

  1. japônica

‘Bandai-sugi’

‘Elegans compacta’

‘Globosa nana’

‘Vilmoriniana’

A madeira de criptoméria tem um odor agradável, cor rosada e baixa densidade. É uma madeira durável, resistente à podridão e à humidade. É utilizada no Japão para todos os tipos de construção, em especial para construir painéis interiores. Na região de Darjeeling e no Sikkim, onde a criptoméria é a árvore mais cultivada, a sua madeira é designada por dhuppi sendo amplamente utilizada na construção de habitações. A sua introdução nos Açores, onde é a essência florestal mais abundante, levou à destruição de grande parte da vegetação natural das ilhas, em especial das manchas mais ricas de laurissilva, colocando em risco várias espécies endémicas, entre as quais o priolo.

 

Bonsai

Rega: Da primavera até o outono regar a Criptoméria com frequência, ela adora água. Normalmente em temperaturas altas (acima de 23 oC) é necessário regar todos os dias. Reduzir a rega quando começar a chegar às estações de frio. No inverno o consumo de água é moderado, tome cuidado para não exagerar, umidade constante no tronco e raízes favorece o surgimento de fungos (Pó Branco), estes podem até ocasionar a morte do bonsai se não forem tratados. Para evitar problemas com muita umidade é aconselhável regar com moderação e usar uma mistura de solo arenosa.

Verão/ Inverno/ Primavera = abundante

Inverno = moderada

 

Adubação: Criptoméria é o orgânico de decomposição lenta. Este deverá ser aplicado na primavera e o outono, sempre quando o bonsai esta saudável. Os adubos mais indicados são os ricos em Nitrogênio. Como sugestão, escolha traços de proporção de N-P-K (Nitrogênio – Fósforo – Potássio) na ordem de 10-10-10 ou 10-05-10. Não esqueça que no mínimo uma vez por ano é necessário a Adubação com micro nutrientes (Ca {Cálcio}, Mg {Magnésio}, S {Enxofre}, B {Boro}, Cl, Cu, Co, Fe…). Nunca adube plantas doentes ou recém-transplantadas.

 

Transplante: a cada três ou cinco anos, na Primavera, cortando-se um terço das raízes, eliminando as raízes mais velhas e grossas. Nunca lavar as raízes e proteger borrifando suas folhas constantemente até três semanas após seu transplante. A mistura aconselhada é de 50% de areia peneirada (entre 2 a 5 mm) e 25% de condicionador de solo industrial e 25 % de argila refratária de boa procedência peneirada (entre 2 a 5 mm).

 

Poda: Criptoméria tem um tipo de folha chamada “agulhas em escama”. Essas são podadas puxando com os dedos. A poda vai da primavera ao outono onde devemos corrigir a silhueta da árvore retirando o excesso. Não deixar as agulhas com mais de 1,5cm de comprimento, isso favorecerá o enchimento da copa.  Nesta época pode-se podar sem medo. A poda das Agulhas velhas favorece a brotação de novas com coloração mais viva, além disso, as novas realizam a fotossíntese com mais eficiência. Já no inverno algumas folhas “internas” da Criptoméria tem a tendência a se queimarem, retire-as, pois estas atrapalham a ventilação e a insolação das folhas saudáveis. O corte dos brotos novos que surgirem perto das raízes ou galhos novos em competição com galhos maiores já existentes devem também ser eliminados.

Verão/Outono/ Primavera = Ramos

Inverno = estrutural

Aramação: Usar de preferência fios tencionando os galhos para baixo.
Caso necessite o uso de arames, arame na Primavera, deixando por todo o verão. Se os arames estiverem penetrando na casca tire-os imediatamente.

Doenças e Pragas: Criptoméria é uma planta muito resistente, mas podem ocorrer ataques de pulgão e cochinilhas, estes podem ser tratados facilmente com inseticida para plantas ornamentais. Podem ocorrer também fungos que podem ser tratados com a moderação na rega, retirada com uma escova e fungicida.

 

Variantes

  • Criptoméria japônica var. japônica
  •  Criptoméria japônica var. japônica “Akita”
  •  Criptoméria japônica var. japônica “Aurescens”
  •  Criptoméria japônica var. japônica “Banda”
  •  Criptoméria japônica var. japônica “Chabo” = Criptoméria japônica var. nana
  •  Criptoméria japônica var. japônica “Compacta”
  •  Criptoméria japônica var. japônica “Elegans”
  •  Criptoméria japônica var. japônica “Enko”
  •  Criptoméria japônica var. japônica “Jindai”
  •  Criptoméria japônica var. japônica “Obi”
  •  Criptoméria japônica var. japônica “Sekkan”
  •  Criptoméria japônica var. japônica “Spiralis”
  •  Criptoméria japônica var. japônica “Tateyama”
  •  Criptoméria japônica var. japônica “Vilmoriana”
  •  Criptoméria japônica var. japônica “Yatsubusa” = Criptoméria japônica var. japônica “Tansu”
  •  Criptoméria japônica var. japônica “Yokohama”
  •  Criptoméria japônica var. japônica “Yaku”
  •  Criptoméria japônica var. japônica “Yoshino”
  •  Criptoméria japônica var. radicans = Criptoméria japônica var. japônica “Kitayama”
  •  Criptoméria japônica var. sinensis = Criptoméria fortunei
  •  Criptoméria japônica var. sinensis “Cristata”
  •  Criptoméria japônica var. sinensis “Viminalis”

 

Estilos

(observação é escolhida por mim do que já vi isso não significa que não possa ser feito em outros estilos)

©2024 Mybonsai Paulo Schweitzer

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