Aroeira mansa – Schinus terebinthifolius

Aroeira mansa – Schinus terebinthifolius

  • Nome Científico: Schinus terebinthifolius
  • Nomes Populares: Aroeira-mansa, Aguaraíba, Aroeira do-sertão, Aroeira-brasileira, Aroeira-da-praia, Aroeira-do-brejo, Aroeira-do-paraná, Aroeira-pimenteira, Aroeira-vermelha, Bálsamo, Cabuí, Cambuí, Corneíba, Fruto-de-sabiá, Pimenta-rosa
  • Família: Anacardiaceae
  • Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais, Ervas Condimentares, medicinal
  • Clima: Equatorial, subtropical, tropical
  • Origem: América do Sul, Argentina, Brasil, Paraguai
  • Altura: 6.0 a 9.0 metros, 9.0 a 12 metros
  • Luminosidade: Sol Pleno
  • Ciclo de Vida: Perene

A aroeira-mansa é uma árvore de pequeno a médio porte, capaz de alcançar de 5 a 9 metros de altura. Seu caule é um pouco tortuoso e a casca escura e fissurada. As folhas são impar pinadas, com 8 a 12 centímetros de comprimento e 7 a 13 folíolos verdes, elípticos a obovados, com nervuras claras. A aroeira-mansa é dioica, isto é, há árvores fêmeas e árvores machos. As flores são pequenas, branco-esverdeadas, dispostas em inflorescências axilares e terminais do tipo racemo, e são muito atrativas para abelhas. Os frutos são pequenas drupas, esféricas, rosadas a avermelhadas, que servem como condimento e alimentam as aves silvestres. O florescimento ocorre na primavera e no outono e o pólen abundante pode provocar reações alérgicas e irritações em pessoas sensíveis.

A aroeira-mansa é uma árvore bastante interessante para arborização urbana. Seu porte médio e a frutificação ornamental, aliados à rusticidade da planta, fazem com que ela seja uma excelente escolha para o paisagismo, prestando-se como arvoreta e cerca-viva. Ela também é indicada para reflorestamento de áreas degradas, pois é uma árvore pioneira. A pimenta-rosa, o fruto da aroeira-mansa, é muito popular na França, onde é utilizada na ornamentação e tempero de preparações culinárias. Seu sabor é levemente picante e adocicado. Da aroeira ainda se pode ser extrair madeira, própria para moirões e lenha, e óleos essenciais, utilizados em fitoterapia.

Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, enriquecido com matéria orgânica e irrigado nos primeiros anos de implantação. As podas de formação estimulam uma copa mais densa, arredondada e bonita. Para a formação de cercas-vivas as podas devem ser efetuadas cedo para estimular o surgimento de múltiplos caules. A aroeira-mansa é considerada planta invasiva em muitos países onde é exótica, devido a facilidade de propagação. Multiplica-se facilmente por estacas e sementes.

Polinização

A espécie é generalista quanto aos polinizadores, possuindo uma vasta gama de vetores de pólen, sendo em geral polinizada efetivamente por algumas espécies de abelhas e vespas e potencialmente por diversos outros insetos.

Ocorrência

Em boa parte da América latina, no Brasil desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, em várias formações vegetais, sendo mais comum em beiras de rios.

Variedades da Schinus terebinthifolius:

    Schinus terebinthifolius var. acutifólia –

    Schinus terebinthifolius var. damaziana – Beauverd Bull. Herb. Boissier,

    Schinus terebinthifolius var. glazioviana

    Schinus terebinthifolius var. pohlianus

    Schinus terebinthifolius var. raddiana

    Schinus terebinthifolius var. rhoifolia

    Schinus terebinthifolius var. selloana

    Schinus terebinthifolius var. terebinthifolia

    Schinus terebinthifolius var. ternifolia

Usos

A aroeira-salsa e a aroeira-pimenteira são usadas em culinária, recebendo na França o nome de poivre rose, um tipo de pimenta-doce.

Usada em medicina popular. Indicada medicinalmente no tratamento da artrite, febres, ferimentos e reumatismos. Ávila registra aos seguintes usos etnofarmacológicos: antiinflamatória, atiespasmódica, tônica, vulnerária, diurética, antileucorréica, emenagoga, adstringente, cicatrizante, balsâmica e bactericida. Assinalando ainda que com a resina azulada da casca os jesuítas preparavam o “balsamo das missões” de uso corrente entre a população cabocla

De acordo com Guilherme Piso (1611 – 1678) a aroeira ou lentisco é semelhante à Murta europeia e à Molle dos peruanos tendo também propriedades comuns com o Araçá e outros vegetais adstringentes e odoríferos, sendo sua peculiaridade a emanação de uma resina fragantíssima da qual se prepara um emplastro contra as afecções frias. Segundo ele extrai-se também, um óleo de suas bagas suculentas, que serve para o mesmo emprego da resina com qualidades aromáticas e quentes. Da destilação de suas folhas frescas se extrai uma água odorífera e adstringente que …”se conserva tanto para expulsar as afecções do corpo como para o luxo”.

No Brasil registra-se ainda nos candomblés jêje-nagôs o uso da aroeira comum ou aroeira-vermelha, onde é conhecida pelos nomes de àjóbi (àjóbi oilé e àjóbi pupa) seu uso nos sacrifícios de animais quadrúpedes em ebós e sacudimentos além do emprego medicinal como anti-reumático, contra feridas, inflamações, corrimentos e diarreias. Barros e Napoleão, 1999 (o.c.) a definem como uma planta associada aos Orixás, Ossain, Ogun e Exu, ou seja, suas características correspondem às características destes orixás enquanto categorias de classificação do pensamento mítico. Observa-se, segundo os referidos autores a crença de que pela manhã seja atribuída a Ogun, e pela tarde pertence a Exu sendo ainda utilizada na vestimenta de Ossain estabelecendo-se desse modo o nexo entre essa planta e o conjunto das narrativas míticas ao que se somam as observações adquiridas por outras comparações com vegetais de origem africana, similares as que faziam os antigos herboristas, somadas às experiências de uso secular.

Medicinal

    Indicações: afecções respiratórias, candidíase, micoses, tumores, afecções da pele, febres, artrite, erisipela, hipertensão, dor-de-dente, hemorragias

    Propriedades: antibiótica, antifúngica, cicatrizante, balsâmica, depurativa, hipotensiva

    Partes Utilizadas: folhas, frutos, cascas

Curiosidade: se misturarmos a casca com álcool e deixarmos curtir, o liquido resultante se passado na pele faz ela ficar grossa.

Bonsai

Como se trata de uma planta nativa ele é bem simples de cuidar, devido a sua característica resistência, o tronco por ser bem rugoso dá uma aparência bem simular de arvore velha, normalmente as encontramos na natureza com seu formato bem retorcido o que é mais um atrativo

Poda/ aramação: a poda deve ser feita durante a primavera e o verão quando for de formação, já a poda de galhos que não são parte do projeto isso pode ser feito em qualquer momento, evitar podas durante o outono e o inverno. A aramação deve ser feita desde o início, galhos com uma grossura maior que uma caneta tende a trincar

Transplanta: também deve ser feito no início da primavera quando a planta está entrando no auge do seu crescimento, isso a dada 2 anos.

Substrato: recomento um substrato a base de areia, caco de telha e terra vegetal (provinda de compostagem ou a bioplant) e como ela gosta de mais terra usar a mistura 1x1x1 ½ (detalhe este ½ de terra vegetal pode ser substituído por fibra de coco)

Adubo: usar um adubo de manutenção e caso queira algo mais específico nela lembre-se NPK onde

  • N= nitrogênio responsável palas folhas saudáveis
  • P= fósforo responsável por flor e frutos
  • K= potássio responsável por raiz, tronco e resistência a doenças
  • Eu indico osmocote 15-09-12

Principais estilos

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