PAINEIRA – CEIBA SPECIOSA

PAINEIRA – CEIBA SPECIOSA

Paineira Branca
Paineira Branca
Paineira Barriguda

Classificação científica

Reino: Plantae

Sub-reino: Tracheobionta

Super divisão: Spermatophyta

Divisão: Magnoliophyta

Classe:                 Magnoliopsida

Ordem: Malvales

Família: Malvaceae

Gênero: Ceiba

Espécie: C. speciosa

Porte: De 15 a 30 metros de altura.

Nome binomial: Ceiba speciosa

Nomes populares: Paineira, paineira-rosa, árvore-da-paina, árvore de lã, paina-de-seda, barriguda, palo borracho, mímica de porca.

Há várias espécies conhecidas como paineira no Brasil, quase todas pertencendo ao gênero Ceiba (antes, Chorisia) da família Malvaceae (antes, Bombacaceae).

De todas as mais conhecida é a paineira da espécie Ceiba speciosa (St. -Hill.) Ravenna, nativa das florestas brasileiras e da Bolívia, inicialmente descrita como Chorisia speciosa St. Hilaire 1828.

Outros nomes vulgares: sumaúma, barriguda, paina-de-seda, paineira-branca, paineira-rosa, árvore-de-paina, árvore-de-lã, paineira-fêmea.

Outras espécies conhecidas como paineira:

  • Ceiba glaziovii
  • Eriotheca gracilipes: paineira-do-cerrado
  • Spirotheca rivieri: paineira-amarela

Características

É uma árvore de até 30 metros de altura, tronco cinzento-esverdeado com estrias fotossintéticas e fortes acúleos rombudos, muito afiados nos ramos mais jovens. O tronco das paineiras tem boa capacidade de sintetizar clorofila (fazer fotossíntese) com coloração esverdeada até quando tem um bom porte; isto auxilia o crescimento mesmo quando a árvore está despida de folhas; é comum, também, paineiras apresentarem uma espécie de alargamento na base do caule, daí o apelido “barrigudo”. As folhas são compostas palmadas e caem na época da floração. As flores são grandes, com cinco pétalas rosadas com pintas vermelhas e bordas brancas. Há uma variedade menos comum, com flores brancas. Paineira-branca, variedade menos comum, com flores brancas, no parque Ceret, em São Paulo, no Brasil. Seus órgãos reprodutivos encontram-se unidos em um longo androginóforo. Os frutos são cápsulas verdes, que, quando maduras, rebentam (deiscentes), expondo as sementes envoltas em fibras finas e brancas que auxiliam na flutuação sendo chamadas paina. A partir dos vinte anos, aproximadamente (sudeste brasileiro), os espinhos costumam começar a cair na parte baixa do caule e, gradualmente, também caem nas partes mais altas da árvore, com o engrossamento da casca. Diz-se, no Brasil, que isto permite à árvore receber ninhos de pássaros, o que seria impossível de acontecer quando esta tinha espinhos longos e pontiagudos; assim, flores e frutos já não estão presentes, mas a árvore continua a dar sua contribuição à natureza hospedando os passarinhos. Esta não é uma regra para todas as paineiras; algumas paineiras com mais de vinte metros, por exemplo, continuam com espinhos muito grandes na parte baixa, como provavelmente defesa de insetos do local.

Usos

A paina é uma fibra fina e sedosa, mas pouco resistente, não sendo muito aproveitada na confecção de tecidos, mas mais como preenchimento de travesseiros e brinquedos de pelúcia. Uma grande paineira pode deixar um tapete branco de paina caída aos seus pés no final da época de frutificação. Especialmente por suas qualidades ornamentais — tronco imponente, normalmente bastante espinhoso quando a árvore é jovem, folhagem quase sempre decídua, de um verde muito brilhante, flores grandes e coloridas e frutos que expõem as painas como flocos de algodão em seus ramos —, as paineiras são cultivadas em meio urbano e em jardins, mesmo fora da sua área de ocorrência natural (como em Portugal). Por terem crescimento rápido, são bastante populares na recuperação de áreas degradadas.

FLORES: Despontam no verão até o outono, com cinco pétalas, podem apresentar diversas tonalidades de rosa, com pintas vermelhas.

FRUTOS: De tamanho grande, quando maduro se abrem, liberando as sementes presas em fibras finas e brancas (paina), carregadas pelo vento.

TRONCO: Bastante volumoso, de coloração cinza-esverdeado, chega medir de 80 a 120 cm de diâmetro. Recoberto de acúleos (espinhos) muito afiados quando jovem, depois de 20 anos eles começam a cair. A madeira é mole, leve e pouco resistente.

Nota: O tronco verde, nas árvores mais jovens, consegue realizar a fotossíntese, quando as folhas estão ausentes.

LUMINOSIDADE: Sol pleno.

ÁGUA: Não gosta de água em demasia, quando jovem manter o solo levemente umedecido, após adulta, só regar no caso de ocorrência de estiagens muito prolongadas.

CLIMA: Prefere clima temperado e tolera o frio moderado.

PODA: Devido a seu vigor, pode ser podadas em qualquer época do ano, embora seja aconselhável poda drástica no inverno para obter novos brotos na primavera. Muito difícil conseguir ramos, mas isso não justifica o seu cultivo, por isso devemos ter uma boa dose de paciência e insistir sistemático podando. Um método para fazer ramificar é, uma vez atingido o comprimento desejado, cortar a gema apical e folhas desfolhar tudo. Alguns bonsaistas recomendam antes de pinçar ou poda, cobrir os galhos devido aos espinhos. Temos de podar as raízes durante o transplante, mas não cortar raízes muito finas para permitir que ele se recuperar durante o inverno. Também aproveitamos para podar galhos indesejados. Recomenda-se que um intervalo de tempo mínimo entre os ramos de podar e o transplante (ou vice-versa) não acumular operações muito agressivas de cada vez, por exemplo, 3 semanas. Finalmente, lembre-se que a poda deve ser realizada apenas se a árvore é saudável.

Aramação: pode ser feita a colocação nos ramos entre a primavera e o verão, é recomendado não molhar no dia anterior a aramação. É preciso ter cuidado com esta operação por sua casca ser muito frágil a danos tem ramos macios e fibrosos. Devemos monitorar porque seus ramos engrossam muito rapidamente. Sempre que possível, é aconselhável a utilização de outras técnicas para modelar a copa. Por exemplo, como seus ramos têm uma forte tendência a crescer em linha reta e para cima, de forma menos agressiva do que a cerca para abrir filiais e formam a coroa é usar pesos. Podemos também usar tensores ou poda como técnica de m

Doenças e parasitas comuns: É bastante resistente à doença, no entanto, você precisa ter um cuidado especial:

Frio: como já falei, é muito sensível ao frio, fazendo com que as folhas caiam ou galhos e tronco morram. O modus operandi é evitar as baixas temperaturas.

Cochonilha

Pulgão: como a cochonilha é um sugador de seiva, cerca de 3 mm de comprimento e agrupados com os gomos tenros e colônias muito densas protegidas por formigas que coletam o orvalho doce que eles secretam.

Aranha vermelha: ocorre especialmente com pouca ventilação ouse estão no interior de casa, com ambientes de atmosfera seca e quente, o que acaba produzindo uma debilitação progressiva.

CULTIVO: Bastante rústica e de fácil cultivo. Se feita a partir de sementes, a emergência irá ocorrer entre 5 a 8 dias, e em 4 meses a muda já poderá ir para o local definitivo. Prefere solo areno-argiloso. Pega super bem de estaca até mesmo de ramos bem grossos.

FERTILIZAÇÃO: Por ocasião do plantio, para uma cova de 40×40, misture bem na terra retirada, cerca de 20 a 30 litros de esterco de gado bem curtido ou 20 colheres de sopa de NPK, fórmula 04-14-08.

UTILIZAÇÃO: Além de ser uma árvore ornamental maravilhosa, que devido seu porte fica bem em grandes espaços, a paina é bastante utilizada em almofadas, travesseiros.

Transplante: A cada 2 ou 3 anos antes da primavera. Durante o transplante devemos cortar bem as raízes e também as podres. Não é obrigatório, mas se usarmos enraizamento fungicida hormonal facilita o sucesso do transplante. É uma árvore pouco exigente com o solo, mas uma boa mistura de substrato drenante com +-60% de terra vegetal. Como é sempre falado, devemos proteger a árvore após o transplante por alguns meses, colocando-o em um lugar bem iluminado, mas evitando luz solar direta.

Estilos

(observação: os estilos são escolhidos por mim, ou seja, os que mais me agradam na espécie, e isso não significa que não possamos trabalhar outros)

©2024 Mybonsai Paulo Schweitzer

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