Nome Científico: Olea europaea
Nomes Populares: Oliveira, Oliva, Azeitona,
Família: Oleaceae
Categoria: Arbustos, Árvores, Árvores Frutíferas, Árvores Ornamentais, Bonsai, Plantas Esculturais
Clima: Continental, Mediterrâneo, Oceânico, Semiárido, Subtropical, Temperado, Tropical
Origem: África, Cáucaso, Espanha, Europa, Itália, Mediterrâneo, Oriente Médio, Portugal, Síria, Tunísia, Turquia
Altura: 6.0 a 9.0 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
Descrição básica: A oliveira é uma árvore perenifólia, longeva, frutífera e ornamental, originária da região do Mediterrâneo. Dela obtemos as azeitonas e o precioso azeite de oliva, que o homem aprendeu a extrair no Período Neolítico, há cerca de 10.000 a.C, para usar como alimento, combustível e unguento, tornando a oliveira uma árvore venerada por muitos povos. Elas são árvores de extrema longevidade, alcançando 2.500 anos de idade.Seu porte é pequeno, raramente ultrapassando 10 metros de altura, com copa ampla, arredondada e o tronco grosso, irregular, cinzento e bastante tortuoso e retorcido, lembrando nossas árvores do cerrado. As raízes são fortes e podem atingir 6 metros de profundidade. As folhas são elípticas a lanceoladas, acumidadas, opostas, de cor verde-acinzentada na face superior e prateadas na face inferior, o que confere ao conjunto da folhagem um aspecto azulado. As inflorescências surgem na primavera, nas axilas foliares, e são do tipo panícula, com numerosas flores de cor branco creme, com suave perfume. As flores são hermafroditas e podem se autopolinizar na maioria das variedades. A polinização é feita pelo vento. No outono se formam as azeitonas, um fruto do tipo drupa, elipsóide, com polpa carnosa, suculenta e que contém uma semente, o caroço. A diferença principal entre as azeitonas verdes ou pretas, é o tempo de colheita, sendo que a verde é colhida imatura e a preta, quando já está madura, o que gera sabores bem distintos na conserva. Há centenas de variedades de oliveiras, com diferentes qualidades adaptativas aos locais de cultivo, frutos maiores ou menores, entre outras características.No paisagismo brasileiro as oliveiras tem popularização recente, embora em outros países já sejam utilizadas há milênios. São muito versáteis, rústicas e tem baixa manutenção. Podem ser aproveitadas isoladas, como destaque, ou na formação de renques e bosques. Tanto o tronco com aspecto envelhecido, como a copa azulada, criam bastante interesse, isso sem mencionar o efeito bonito da frutificação. Também se prestam a topiarias e uso em vasos. Atualmente, devido à sua grande resistência ao transplante, muitas oliveiras centenárias de antigas plantações, estão sendo utilizadas como ornamentais em jardins, geralmente em posição de destaque, evidenciando as formas escultóricas dos troncos moldados pelo tempo. O crescimento da oliveira é bastante lento, o que torna o plantio de mudas maiores, vantajoso, quando se deseja obter efeito no jardim rapidamente. Devido a este fato, os exemplares maiores alcançam preços elevados no mercado. É bastante utilizada também na prática de bonsai. Curiosidade: As oliveiras são as árvores frutíferas mais cultivadas no mundo todo.Deve ser cultivada sob sol pleno, em solos drenáveis, pobres ou férteis, e irrigados no primeiro ano de implantação. A oliveira é muito rústica e resiste a longos períodos de estiagem, convém no entanto, fazer irrigação suplementar se o período seco ocorrer durante a floração, evitando-se assim uma queda brusca na produção de azeitonas. Tolera uma ampla faixa climática, vegetando bem em climas temperados ou tropicais. As geadas, no entanto, acabam prejudicando a frutificação. Resiste a podas drásticas, regenerando-se com facilidade. Em pomares produtivos é importante fazer podas de formação, limpeza e renovação da folhagem, aumentando assim a produtividade, o viço e melhorando a colheita. Pode ser plantado em áreas litorâneas, pois tolera ventos fortes e a salinidade. O ponto fraco da oliveira é o excesso de umidade. Solos suscetíveis a encharcamentos provocam o rápido declínio da árvore, que fica frágil e sensível a doenças fúngicas. Multiplica-se facilmente por estaquia de ramos semilenhosos, preferencialmente desprovidos de folhas, postos a enraizar no fim do verão. Propaga-se também por alporquia, enxertia e por sementes.
A oliveira (nome científico Oleá europaea L.) é uma árvore da família oleáceas da oliveira vem o azeite e as azeitonas. Tem pouca altura e tronco retorcido, sendo nativas da parte oriental do mar Mediterrâneo, bem como do norte do atual Irã no extremo sul do mar Cáspio. A árvore e seus frutos dão seu nome à família de plantas que também incluem espécies como o lilás e o jasmim. Seu nome do latim “oliva”, que por sua vez vem do grego ?λα?α (“eléa”), em última análise a partir de grego micênico e-ra-wa (“elaiva”) ou “óleo”. De seus frutos, as azeitonas, os homens no final do período neolítico aprenderam a extrair o azeite. Este óleo era empregado como unguento, combustível ou na alimentação, e por todas estas utilidades, tornou-se uma árvore venerada por diversos povos.
A Civilização Minoica, que floresceu na Ilha de Creta até 1500 A.C., prosperou com o comércio do azeite de oliva, que primeiro aprendeu a cultivar. Já os gregos, que possivelmente herdaram as técnicas de cultivo da oliveira dos minoicos, associavam a árvore à força e à vida. A oliveira é também citada na Bíblia em várias passagens, tanto a árvore como seus frutos.
Há de se fazer nota ainda sobre a longevidade das oliveiras. Estima-se que algumas das oliveiras presentes em Israel nos dias atuais devam ter mais de 2500 anos de idade.
Em Santa Iria de Azoia, Portugal, existe uma oliveira com 2850 anos.
Detalhes
Origem
Distribuição potencial de oliveiras na bacia do Mediterrâneo. A oliveira é um indicador biológico da região do Mediterrâneo. (Oteros, 2014)
Na Grécia antiga já se falava das oliveiras. Conta-se que durante as disputas pelas terras onde hoje se encontra a cidade de Atenas, Poseidon teria, com um golpe de seu tridente, feito surgir um belo e forte cavalo. A deusa Palas Atenas, teria então trazido uma oliveira capaz de produzir óleo para iluminar a noite e suavizar a dor dos feridos, fornecendo alimento rico em sabor e energia. Do outro lado do Mediterrâneo, os italianos contam que Rômulo e Remo, descendentes dos deuses fundadores de Roma viram a luz do dia pela primeira vez sob os galhos de uma oliveira.
O fato concreto é que vestígios fossilizados de oliveiras são encontrados na Itália, no Norte da África, em pinturas nas rochas das montanhas do Saara Central, com idade de seis mil a sete mil anos, entre o quinto e segundo milênio a.C. Múmias da XX Dinastia do Egito foram encontradas vestidas com granalhas trançadas de oliveira e em Creta, registros foram encontrados em relevos e relíquias da época minoica (2.500 a.C.).
Os estudiosos de história concluem que o azeite, óleo advindo das oliveiras, faz parte da alimentação humana há muito tempo. Concluem que a oliveira é originada do sul do Cáucaso, das planícies altas do Irã e do litoral mediterrâneo da Síria e Palestina, expandindo posteriormente para o restante do Mediterrâneo.
Raiz: As raízes poderosas e compridas da Oliveira podem chegar a uma profundidade de seis metros, através do qual têm sempre a possibilidade de obter água para o seu desenvolvimento. A sua raiz é subterrânea e fasciculada.
Tronco: A madeira de crescimento lento da árvore é rica, com anéis cinzento esverdeados e curtos. A árvore (dependendo da variedade) chega aos 20 metros de altura. As árvores selvagens são mais baixas que as plantadas. As oliveiras em olivais são podadas para se manterem pequena de forma a que a colheita das azeitonas seja facilitada. A oliveira necessita de muito tempo para crescer, mas, no entanto, pode viver muitas centenas de anos. Os exemplares mais antigos que se conhecem na Europa e possivelmente no mundo encontram-se em Portugal: uma oliveira no Algarve, perto da cidade de Tavira, tem mais de 2000 anos e julga-se que foram os fenícios que a teriam trazido da Mesopotâmia. As outras, vindas do Alqueva, remontam há 300 anos a.C. uma outra oliveira milenária em Santa Iria de Azóia, Loures com idade estimada em 2850 anos. Está certificada e pode ser visitada com muita facilidade, pois fica dentro dum pequeno quintal junto à estrada. Perto da localidade montenegrina de Bar-se existe também uma oliveira com cerca de 2000 anos e em Trevi, Itália, há uma oliveira com cerca de 1700 anos, tal como um exemplar em Getsemani, Israel.
Folha: A oliveira é uma planta de folha persistente, o que significa que nunca perde totalmente a sua folha; em vez disso, as folhas mais velhas vão caindo ao longo do ano. As folhas pequenas, simples e luzidias são verdes acinzentadas na frente e de um cinzento prateado e brilhante por trás. Estas são estreitas, pontiagudas e simples. Na parte de trás têm pequenos pelos, que protegem a árvore da desidratação recapturando a água e conduzindo-a de novo para a folha. A folha depois de seca pode ser utilizada para chá, sendo rica em nutrientes como: potássio, magnésio, manganês, fósforo, selênio, cobre e zinco. Apresentam uma alta concentração de ácidos graxos, fibra alimentar, proteínas, minerais, agentes bioflavonóides e antioxidantes.
Rebentos e flores: Dependendo da área em que se encontram, as oliveiras florescem entre o fim de Abril e o princípio de Junho em cada inflorescência encontram-se entre 10 e 40 flores. As flores brancas ou amarelas são hermafroditas, mas podem, no entanto ser funcionalmente monossexuadas. A flor compõe-se de 4 sépalas e 3 pétalas crescidas. Sendo sujeita a falta de água ou de nutrientes cerca de 6 semanas antes da flor, a colheita é reduzida uma vez que o número de flores é reduzido e estas não produzirão fruto. A maioria das espécies polinizam-se a si próprias, apesar da polinização à distância produzir rendimentos maiores. Outros tipos exigem a polinização à distância e necessitam do pólen de um exemplar diferente. As flores são polinizadas pelo vento.
Fruto: A partir da flor forma-se depois da polinização o fruto: a azeitona. É um fruto com caroço revestido de polpa mole. A cor da azeitona antes de estar madura é o verde e depois de estar madura torna-se preta ou violeta-acastanhada. A árvore atinge o ponto de produção óptico com cerca de vinte anos. A composição média de uma azeitona é água (50%), azeite (22%), carboidratos (19%), celulose (fibras) (5,8%) e proteínas (1,6%).
Distribuição: A oliveira-brava (zambujeiro) existe numa área geograficamente disjunta; tem uma ocorrência natural vasta em zonas não conectadas entre si: área mediterrânica, médio oriente e África Austral. Daí é também bastante diversa a área das atuais variedades culturais.
Ecologia: A oliveira é um elemento importante da vegetação mediterrânea e da agricultura desta região. A oliveira prospera no clima mediterrânico, com temperaturas médias anuais entre os 15 e os 20º centígrados entre 500 e 700 milímetros de precipitação, sendo necessários, no mínimo, 200 milímetros.
Maior olival: O maior olival do mundo é o da empresa Sovena, produtora de azeite do grupo português Mello. São 9.700 hectares. A sede do grupo é em Ferreira do Alentejo, Beja, Alentejo e seu mais famosos azeites são Andorinha e Oliveira da Serra, de Portugal; Soleada – Espanha; Olivari – Tunísia. A maior parte de seus olivais são superintensivos, com 1600 oliveiras por hectare.
Plantio e cultivo de oliveiras no Brasil
O mais antigo registro de plantio de oliveiras no Brasil que se teve notícia foi em 1800, quando os imigrantes açorianos trouxeram as primeiras mudas de oliveiras da Europa para o Brasil e foram plantadas e cultivadas com sucesso no Rio Grande do Sul, porém em Minas Gerais existe o cultivo na cidade de Monte Verde, que é uma das mais frias do estado, e do país. Entretanto, a cidade de Maria da Fé, sul de Minas Gerais, tem se destacado no plantio e cultura, com diversos olivais instalados. Através da EPAMIG, obteve-se em 29 de fevereiro de 2008, o primeiro azeite de oliva genuinamente brasileiro, produzido e extraído no Brasil; por outro lado, no período de 1950 a 1960, o português Antônio de Oliveita Pires produziu um excelente azeite de oliva de oliveiras plantadas em sua propriedade em Campos do Jordão, atestada como de excelente qualidade pela análise do Instituto Adolfo Lutz de São Paulo.
Subespécies
Olea europaea: A origem das oliveiras genuínas é toda a área mediterrânica e as Canárias. Desta variedade foram criadas todas as outras. A partir desta variedade é escrito o resto do artigo.
Olea europaea: africana é uma árvore com entre 9 e 12 metros de altura que está espalhada pela África, Madagascar, Arábia, Índia e até China. Os frutos, de doces a amargos, são apreciados por pessoas e animais. Pode fazer-se chá das folhas e dos frutos faz-se um pigmento. A madeira dura e castanho dourada é usada para fazer mobílias e objetos de arte. Os produtos desta espécie são também utilizados como mezinha para as doenças renais. O seu cultivo é possível mesmo em áreas muito secas.
Olea europaea cerasiformis: originária da Madeira, ocorrendo também nas Canárias.
Olea europaea cuspidata: difundida pela África e pela Ásia. Caracteriza-se por ter frutos pequenos e o verso da folha castanho alaranjado.
Olea europaea guanchica: originária das Canárias.
Olea europaea laperrinei: originária da Argélia, do Sudão e do Niger.
Olea europaea maroccana: originária de Marrocos.
Olea europaea sylvestris
Bonsai
Caracterização: Árvore de médio porte, folha persistente ovaladas verdes escuras por cima e acinzentadas por baixo, de elevada longevidade existem vários exemplares milenares na natureza.
Dá flores minúsculas, que se transformam em frutos verdes que se alteram até ao negro, na maturação. A casca esverdeada torna-se nodosa nas árvores velhas.
Localização: No exterior a pleno sol o ano inteiro, proteger de geadas nas zonas muito frias.
Rega e Nutrição: Deixar secar bem entre regas o ano inteiro, mas atenção pois a oliveira consome bastante água. Adubar e Vitaminar de Fevereiro a Outubro.
Transplante: Cada 2 anos em Fevereiro, para Mistura Universal para Bonsai.
Modelagem: A poda de manutenção realiza-se ao longo de todo o ano. Pode ser aramado na primavera e outono, normalmente. Ano sim ano não se faz uma poda de formação mais forte a qual estimula a densidade da copa, no ano seguinte deixa-se alongar um pouco mais para tentar ter flores e frutos.
Propagação: Por estaca, podendo ser mesmo utilizadas estacas muito grossas.
Estilos
(observação são escolhidos por mim do que já vi isso não significa que não possa ser feito em outros estilos)