Baobá ou árvore-dos-mil-anos
Baobá ou árvore-dos-mil-anos
Fonte (coisasdaterra.com)
Designação em latim: Adansonia digitata
Origens geográficas: África, do Sahel ao Transvaal, em zona secas de savana.
Dimensões adultas: Até 24 metros de altura, diâmetro do tronco podendo atingir 8 a 9 metros.
Folhagem: Caduca durante a estação seca.
Floração: No fim da estação seca ou mesmo antes das primeiras chuvas, muitas vezes antes das primeiras folhas.
Tipo de solo: De ligeiramente ácido a calcário, de preferência seco.
Clima: Temperatura superior a 12°C.
Exposição: Sol.
O baobá (Adansonia digitata) é uma das árvores mais úteis do Sahel e por isso, a população protege-o e venera-o. Como fonte de sombra e ponto de referência na paisagem, serve de local de reunião para os mercados ou outras manifestações.
As folhas ricas em cálcio, ferro, proteínas e lípidos, constituem um complemento alimentar muito útil.
O fruto é vulgarmente chamado “pain de singe”. A sua polpa permite a fabricação de bebidas refrescantes, ricas em vitaminas B1 e C. As plântulas jovens e as suas raízes comem-se como os espargos.
As sementes negras que se encontram na polpa podem ser grelhadas e consumidas. Contêm mais proteínas que o amendoim e têm uma percentagem de lysine (ácido aminado indispensável ao crescimento) mais elevada que as leguminosas.
Na altura da subida da seiva, os camponeses extraem a fibras da cortiça a uma altura de 1,50 metros sobre toda a circunferência para confeccionar cordas.
A madeira macia e esponjosa não é praticamente utilizada. Contem muita água, até 10.000 litros, nas árvores mais grossas. Em caso de seca, os homens e os animais mastigam-na para atenuar a sede.
As árvores mais velhas têm muitas vezes cavidades naturais ou escavadas que servem como cisternas de água ou como celeiro para cereais e outras provisões, quer como refúgio ou local de sepultura.
O baobá é uma árvore muito resistente ao fogo e à seca
Não se lhe conhecem muitos inimigos:
- As mais jovens são destruídas pelos animais ou pelo fogo,
- As maiores são danificadas pelos elefantes que partem os ramos,
- As mais velhas são fulminadas pelos raios, derrubadas pela tempestade ou caiem.
Um baobá na sua sala
- Coloque-o num local quente (temperatura mínima 12°C) e com bastante claridade, perto de uma janela. Há regiões onde é possível colocá-lo no exterior, a partir do mês de Junho até Setembro.
- Regue-o generosamente quando o torrão de terra está seco. Pode esperar 1 mês até à rega seguinte. Continue as regas mesmo que o baobá perca as folhas durante o Inverno.
- Pode deixar crescer o seu baobá como uma planta de interior transplantando-o num pote de barro de tamanho apropriado ou num recipiente de reserva de água.
O baobá transplanta-se de dois em dois anos:
- Pode as raízes por um terço do seu comprimento.
- Escolha um pote de terracota com buraco, de um tamanho superior.
- Encha-o com uma mistura de terriço (70%) e de areia (30%).
- Envase-o e regue-o.
Espécies
- Adansonia digitata – Baobá Africano (África Central e Austral);
- Adansonia grandidieri – Baobá de Grandidier (Madagascar);
- Adansonia gregorii (syn. A. gibbosa) – Boab ou Baobá Australiano (Noroeste da Austrália);
- Adansonia madagascariensis – Baobá de Madagascar (Madagascar);
- Adansonia perrieri – Baobá de Perrier (Madagascar);
- Adansonia rubrostipa (syn. A. fony) – Fony Baobab (Madagascar);
- Adansonia suarezensis – Baobá Suarez (Madagascar);
- Adansonia za – Za Baobab (Madagascar).
Fruto
A “mukua” ou fruto do baobá, tem no seu interior um miolo seco comestível (não tem sumo), desfaz-se facilmente na boca e o seu sabor é agridoce (adocicado com uma ligeira acidez). Este fruto é rico em vitaminas e minerais.Ao dissolver-se a mukua em água a ferver obtém-se o sumo de mukua que, depois de arrefecido, é tomado como uma bebida fresca com um sabor muito apreciado em determinados países.Em Moçambique, o fruto, tem o nome de “malambe” na língua xi-nyungwe da província de Tete, tem uma polpa branca que seca no próprio fruto e que é utilizada para a alimentação, em tempos de escassez de comida; também é referida como cura para a malária
História
Em 1445, navegantes portugueses conduzidos por Gomes Pires chegaram à ilha de Gorée, no Senegal; eles descobriram o brasão do Infante D. Henrique gravado em árvores. O cronista Gomes Eanes de Zurara assim descreveu a árvore: Árvores muito grandes e de aparência estranha; entre elas, algumas tinham desenvolvido um cinturão de 108 palmos a seu pé (ao redor 25 metros). O tronco de um baobá não mais alto do que o tronco de uma árvore de noz; rende uma fibra forte usada para cordas e pano; queima da mesma maneira como linho. Tem um grande fruta lenhosa como abóbora cujas sementes são do tamanho de avelãs; pessoas locais comem a fruta quando verde, secam as sementes e armazenam uma grande quantidade delas.
Na Angola e Moçambique, esta árvore é conhecida como “embondeiro” ou “imbondeiro”. Em certas regiões de Moçambique, o tronco desta árvore é escavado por carpinteiros especializados para servir como cisterna comunitária.
No Brasil
No Brasil existem poucas árvores de Baobá, que foram trazidas pelos sacerdotes africanos e foram plantadas em locais específicos para o culto das religiões africanas. No candomblé é considerada uma árvore sagrada (ossê, em iorubá e akpassatin, em fon), e nunca deve ser cortada ou arrancada
Pernambuco
Essas árvores concentram-se principalmente no estado de Pernambuco (onde há mais de cem catalogadas) e, nesse estado, na sua capital, Recife (onde há pelo menos trinta).
No Recife, o baobá da Praça da República é uma possível fonte de inspiração de Saint Exupéry, quando por ali passou, ao escrever O pequeno príncipe. Há um na Faculdade de Direito do Recife e outro na Cidade Universitária. Existem outros espalhados pela cidade, como em Ponte d’Uchoa, Poço da Panela e na Praça de Dois Irmãos próximo a UFRPE. Existem três plantadas na Estância Rica Flora, em Aldeia, Camaragibe. No Sítio de Pai Adão existe um Baobá com mais de cem anos com um tronco de mais de 10 metros de circunferência. Nas Graças, uma muda foi plantada na Praça Domingos Giovaneti pelo Instituto Capibaribe, em setembro de 2005, em comemoração aos 50 anos do educandário. Segundo a direção da escola, a semente foi trazida da França e doada por Ernani Faria de Lemos, pai de uma ex-aluna.
Na vila de Nossa Senhora do Ó, Ipojuca, há um Baobá com mais de 350 anos e 15 metros de circunferência. No Engenho Poço Comprido (Vicência) há dois espécimes.
Em Araripina existe um exemplar com aproximadamente 30 anos de idade.
Em Sanharó existe um exemplar com aproximadamente 13 metros de circunferência
Pernambuco
Essas árvores concentram-se principalmente no estado de Pernambuco (onde há mais de cem catalogadas) e, nesse estado, na sua capital, Recife (onde há pelo menos trinta).
No Recife, o baobá da Praça da República é uma possível fonte de inspiração de Saint Exupéry, quando por ali passou, ao escrever O pequeno príncipe. Há um na Faculdade de Direito do Recife e outro na Cidade Universitária. Existem outros espalhados pela cidade, como em Ponte d’Uchoa, Poço da Panela e na Praça de Dois Irmãos próximo a UFRPE. Existem três plantadas na Estância Rica Flora, em Aldeia, Camaragibe. No Sítio de Pai Adão existe um Baobá com mais de cem anos com um tronco de mais de 10 metros de circunferência. Nas Graças, uma muda foi plantada na Praça Domingos Giovaneti pelo Instituto Capibaribe, em setembro de 2005, em comemoração aos 50 anos do educandário. Segundo a direção da escola, a semente foi trazida da França e doada por Ernani Faria de Lemos, pai de uma ex-aluna.
Na vila de Nossa Senhora do Ó, Ipojuca, há um Baobá com mais de 350 anos e 15 metros de circunferência. No Engenho Poço Comprido (Vicência) há dois espécimes.
Em Araripina existe um exemplar com aproximadamente 30 anos de idade.
Em Sanharó existe um exemplar com aproximadamente 13 metros de circunferência.
Rio Grande do Norte
Outro estado com grande quantidade de baobás é o Rio Grande do Norte. Há exemplares em Natal, Nísia Floresta, Mossoró e nas ruínas de Pedro Velho.
O “Baobá do Poeta” (Natal, Rio Grande do Norte) é o maior baobá do Brasil em circunferência com(19,5m).
Existe uma relação entre o Baobá de Natal e a obra literária de Antoine de Sant-Exupéry, diz o professor Diógenes: “No Rio Grande do Norte, credita-se a esse baobá a inspiração de Saint-Exupéry ao criar desenhos de “O Pequeno Príncipe”, livro com mais de 230 traduções em todo mundo. Algumas “coincidências” tornam a hipótese verossímil. O baobá exilado em Natal foi visitado pelo autor, quando aqui esteve, nas décadas de 20 e 30 e era hóspede da proprietária do terreno. Os desenhos por ele feitos em seu livro, como o elefante, a estrela, o vulcão, as dunas e falésias lembram o mapa e outros símbolos do Rio Grande do Norte”.(Fonte Vento Nordeste) Em Assu existem onze baobás de aproximadamente quatrocentos anos e que atualmente estão em processo de tombamento histórico.
Alagoas
Em Alagoas existe um exemplar na Praça do Skate, em Maceió.
Ceará
No Ceará, existem cinco exemplares: um na praça do Passeio Público, na cidade de Fortaleza, onde foram fuzilados alguns revolucionários da Confederação do Equador. dois no campus da Universidade de Fortaleza (UNIFOR), um plantado provavelmente na época da fundação da universidade e outro doado pelo Dr. Valdir Leite (agrônomo) e plantado em frente a universidade pelo Dr. José Milton Moreira Magalhães (prefeito da entidade na época) em 14/08/2001 em homenagem ao aniversário do chanceler Dr. Airton José Vidal Queiroz, outro no SESI da Barra do Ceará, doado pelo Sr. Thomaz Pompeu de Souza Brasil, outro no Centro de Evangelização Uirapuru (CEU), doado pelo Lions Clube de Fortaleza Melvin Jones e um sexto no Mini Museu Firmeza ou Firmezarte (Mondubim).
Goiás
Em Goiânia existem três Imbondeiros, todos em residências particulares, sendo um na residência do Sr.Jorge Rassi e duas no condomínio particular Aldeia do Vale
Mato Grosso
Nas proximidades de Cuiabá, Fazenda São Pedro de Arica (Dr.Edio Lotufo) existe um exemplar de imbondeiro derivado de um exemplar existente na Praça da República (Rio de Janeiro).
Rio de Janeiro
Mapeamentos dos novos exemplares encontrados no Rio de Janeiro, apontam a maior concentração de baobás por m² no Brasil (5 exemplares em 100m²) sendo um desses o maior baobá em altura (25m) encontrado no Brasil. Localizados no Campo de Santana em frente a Central do Brasil – ao todo são nove exemplares no parque -, também chamado de Praça da República (ver foto em ). Foi relatada, no mesmo ano, a existência de um baobá na Ilha de Paquetá, Rio de Janeiro, cujo apelido é Maria Gorda. Na Ilha do Governador, bairro do Moneró, também existe um exemplar de baobá.
No município de Quissamã existe um baobá centenário, localizado no Museu Casa de Quissamã, antiga Fazenda Quissamã. Na cidade de Campos dos Goytacazes existe um exemplar de baobá.
Santa catarina
existe um exemplar conhecido em uma propriedade particular no município de santo amaro
Usos e folclore
Em Kimberleys, na Austrália ocidental, prisioneiros foram confinados dentro de seu tronco oco. Os aborígenes comem a sua fruta e usam as folhas como planta medicinal.
Na história O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry, o menino narra que o solo de seu pequeno asteróide era infestado de sementes de baobá. Preocupado com os possíveis danos que estas plantas pudessem causar quando adultas, após completar a sua toilete matinal, dedicava-se à toilete do asteróide, arrancando regularmente os seus pequenos brotos
Outro ponto curioso é que existe uma relação entre o baobá da história e uma arvore localizada em Natal, Rio Grande Norte, o Baobá do Poeta. O autor visitou a cidade nas décadas de 20 e 30 e ficou hospedado na casa da dona do terreno onde a árvore está, acredita-se que o autor se inspirou nesse Baobá para escrever a história. Em 2009 o baobá recebeu a visita do sobrinho-neto de Saint-Exupéry, o engenheiro François D’Agray.
Bonsai
O baobá é conhecido como uma dos maiores e mais estranhas árvores do mundo. Em seu ambiente natural, o baobá maduro alcança alturas de até 30 metros, com larguras de tronco de até 10 metros e um topo de mais de 30 metros. Como bonsai, esta bela árvore assume uma estatura robusta que oferece uma aparência única e naturalmente envelhecida.
- 1 Plante seu bonsai baobá em um recipiente profundo e bem drenado. Selecione um recipiente de envasamento de terracota ao invés de um de plástico, visto que o baobá floresce melhor em um ambiente seco. Forre cada um dos furos de drenagem do recipiente com malha de arame para evitar que as raízes alcancem os furos.
- 2 Crie um ambiente de solo argiloso que seja semelhante ao ambiente natural de Madagascar. Coloque 70% de casca de pinheiro peneirada com 30% de areia grossa. Alinhe metade do recipiente com a mistura de solo.
- 3 Puxe o baobá suavemente de seu recipiente e remova um pouco, mas não todo, o solo de suas raízes. Inspecione as raízes e use tesouras de poda afiadas e esterilizadas para remover quaisquer raízes mortas ou danificadas do sistema. Não remova mais de um terço das raízes saudáveis do sistema, pois isso fará com que se prejudique o crescimento e o tempo de vida.
- 4 Posicione o baobá no centro do recipiente e encha o mesmo até o fim com a mistura de solo. Regue o baobá profundamente com água morna, despejando até que o excesso escorra uniformemente a partir dos furos de drenagem.
- 5 Coloque o bonsai baobá em um local quente e bem ventilado que receba luz solar durante a maior parte de cada dia. Proteja o bonsai de correntes de ar frias e temperaturas abaixo de 15 graus, pois o baobá perecerá rapidamente em ambientes frios.
- 6 Limite a irrigação do baobá para uma vez a cada um ou dois meses. Evite o excesso de água para evitar o apodrecimento da raiz. Cesse toda a rega durante o período de dormência, a partir de final do outono ao início da primavera, pois o baobá armazena água em seu tronco para usar durante a sua dormência.
- 7 Evite a adubação com este bonsai. O baobá recolhe seus nutrientes necessários a partir do barro.
- 8 Complete todos os cortes de poda no final do período de dormência do baobá. Corte os ramos e galhos mortos ou danificados. Apare os ramos que crescem vigorosamente e faça com que seus cortes o deixem da forma desejada. Use tesouras de poda afiadas e esterilizadas para concluir estes cortes.
- 9 O baobá irá produzir flores em torno de 10 anos de idade. Aguarde pelo desenvolvimento das flores antes de sua folhagem a cada primavera. Mantenha a superfície de plantio do baobá e áreas adjacentes livres de detritos e desfolhação para reduzir qualquer possibilidade de doença.
- 10 Troque o pote do seu bonsai a cada dois anos, ou antes, se o baobá começar a tornar-se ligado ao recipiente. Conclua o processo de replantio deste bonsai no início da primavera, pouco antes da estação de crescimento começar.
principais estilos
(observação é escolhida por mim do que já vi isso não significa que não possa ser feito em outros estilos)