Alporquia
O que é alporquia é uma técnica onde buscamos fazer a planta gerar raízes e o local pré-determinado
Como fazemos isso: executamos o anel de Malpighia e o revestimos com Sphagnum ou vermiculita sobre esse revestimento Passamos um plástico e o amarramos nas duas extremidades impedindo assim a saída tanto do material empregado e o da água.
Forma simples de entender o alporque: A planta leva o alimento das raízes até as folhas por dentro do tronco e esse alimento após elaborado é enviado para as raízes pela casca ao chegar onde interrompemos esse fluxo a planta fica sem saber o que fazer sendo assim ela lança raízes para dar um fim adequado ao alimento que acabou de trazer para naquela área.

Material necessário

Uma faca afiada

Um pouco de Sphagnum ou vermiculita

Um recipiente com água

Enraizador

Um pedaço de plástico

Arame ou barbante para amarrar

Como executar: com a faca faça um anel de Malpighia com cerca de 2 centímetros, no recipiente plástico misture água e o enraizador, mergulho o estrago ou vermiculita nesta solução, em volta do anel de Malpighia coloque o estrago é vermiculita, podemos comparar esse processo como um quibe sendo atravessado por um palito. Estando essa etapa feita cubra tudo com plástico amarrando as duas extremidades com barbante ou arame e pronto o seu alporque está pronto, a média para retirada deste procedimento É de 45 dias onde cortaremos logo abaixo do anel de Malpighia, Eu recomendo o uso de vermiculita, pois a mesma facilita em muito a limpeza das raízes na retirada do alporque. Eu particularmente prefiro também usar plástico transparente, pois o mesmo facilita a visualização do processo sem precisarmos abrir o invólucro para a visualização dos resultados, no entanto muitos recomendam o uso de papel alumínio ou plástico preto para evitar a incidência de raios solares no local, já fiz vários testes e não vi diferença alguma, muito pelo contrário a cada vez que queria observar o andamento do processo tinha que desmontar 50% d do conjunto.

fonte (fazfacil.com.br)

Técnica de alporquia

(Galho de alporquia enraizado. Desenho Miriam Stumpf)

É uma técnica de propagação vegetativa, feita na planta matriz enraizada, onde um ramo da planta é escolhido, anelado e coberto com enraizador e musgo úmido.Com algumas semanas a parte do ramo irá desenvolver raízes e poderá ser destacado e cultivado em vasos ou no solo.
Diferente da técnica de estaquia, onde o ramo é cortado da planta matriz para ser colocado em substrato para enraizar, o alporque é enraizado na planta cultivada.

(Galho de alporquia enraizado. Desenho Miriam Stumpf)

Como funciona a alporquia?

Anelando o ramo, isto é, retirando a casca ao redor do ramo, a seiva elaborada que desce pelo floema logo abaixo da casca tem seu fluxo interrompido.Esta seiva é rica em aminoácidos elaborados pela ação fotossintética das folhas.Cortando sua descida desta forma há nutrientes acumulados que acabam por propiciar o desenvolvimento de raízes adventícias (raízes aéreas) que surgem ao redor do corte.Para apressar a emissão de raízes e para que haja maior número delas também, usa-se uma auxina sintética,também chamada de pró-hormônio, que é um produto enraizador composto de ácido indol-butírico (AIB), ácido indol-acético (AIA) ou cloridrato de tiamina.

Coloca-se produto enraizador para ajudar a criar raízes.

(Desenho por Miriam Stumpf)

Quando pode ser feita a alporquia

Os alporques podem ser feitos em plantas ornamentais, frutíferas, árvores nativas e exóticas com sucesso.Representam neste momento uma técnica que veio solucionar uma demanda crescente por plantas de menor porte para os jardins e quintais.O alporque elimina a fase jovem das frutíferas, pois é um pedaço da planta-mãe e como tal produzirá flores e frutos na mesma época.Seu tamanho será menor do que esta, mas um pouco maior que pelos outros métodos de estaquia ou micro propagação.Muito usada também para plantas que apresentam lentidão de crescimento e que somente iniciam a fase de emissão de flores e frutos com longo tempo de produção.É o caso do ginkgo (Ginkgo biloba), uma árvore cultivada como ornamental e como produtora de folhas usada para fitoterápicos que leva cerca de 15 anos para florescer e frutificar.Desta forma a propagação por sementes não é viável economicamente.

Ginkgo biloba

Técnica de alporquia

Plantas que se adaptam bem à alporquia

Os exemplos de plantas a seguir são as mais usadas para realizar a técnica, mas isto não quer dizer que não possamos experimentar em outras espécies, arbóreas, arbustivas ou herbáceas:

Frutíferas:

Cerejeira-do-rio-grande (Eugenia grandiflora), pitangueira (Eugenia uniflora), romazeira (Punica granatum), jabuticabeira (Myrciaria cauliflora), laranjeira (Citrus sinensis), limoeiro (Citrus lemonium), lichia (Litchi chinensis), macieira (Malus spp.), pereira(Pyrus spp.), nogueira-pecan (Carya illinoensis);

Árvores ornamentais:

Ginkgo (Ginkgo biloba), acer verde (Acer palmatum), acer-vermelho (Acer palmatum var.rubrum), cipreste-alumi (Chamaecypares lawsoniana), cipreste-dourado (Chamaecypares obtusa), tuia-azul (Chamaecypares pisifera), tuia-macarrão (Chamaecypares pisifera ‘Aurea’), cipreste-italiano (Cupressus sempervirens), cipreste-da-california( Cupressus macrocarpa), camélia (Camellia sinensis), magnólia-branca (Magnolia grandiflora), magnólia-rosa ou tulipa-de-árvore (Magnolia liliiflora), fico-lira (Ficus lyrata), seringueira-de-jardim (Ficus elastica), figueira-triangular (Ficus lepreuri);

Arbustos de médio a grande porte:

Azaléia-grande (Rhododendron simsii), jasmim-do-cabo ou gardênia (Gardenia jasminoides), azevinho ou holly (Ilex aquifolium), roseira (Rosa spp.), dracena ou pau d’ água (Dracaena fragans), dracena-de-madagascar (Dracaena marginata), mickey-mouse (Ochna serrulata), cróton (Codieum variegatum); arália-redonda (Aralia balforiana), árvore-da-felicidade (Polycias,spp.), cheflera-pequena (Schefflera arboricola), alamanda-amarela (Allamanda cathartica), alamanda-rosa (Allamanda blanchetti), flor-de-cera (Hoya carnosa);

Herbáceas e herbáceas semi-arbustivas:

Filodendros (Philodendron spp.), comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia) , jibóia (Epipremnum pinnatum) monstera-do-amazonas(Monstera adansonii), banana-do-mato (Monstera deliciosa), filidendro-brasil (Philodendrum hederaceum ‘Brasil’), hera-comum (Hedera canariense), hera-inglesa (Hedera helix).

fonte (jardineiro.net/alporquia)

Alporquia

Roseiras podem ser propagadas por alporquia
Foto: S Pisharam

A alporquia é um dos métodos de propagação vegetativos mais antigos. Indícios históricos mostram que os chineses já a utilizavam há 4 mil anos com sucesso. Devido ao fato de não ser tão agressivo como a estaquia, a alporquia é um método indicado para plantas que têm dificuldade de enraizar por estacas e para aquelas que queremos rejuvenescer. A alporquia é muito semelhante à mergulhia, diferindo desta por ser utilizada sem vergar os ramos até o solo, levando pelo contrário o solo até o ramo. A alporquia também pode ser chamada de mergulhia aérea.

O método consiste em estimular o crescimento de raízes em um ramo ou no caule principal de uma planta, sem que esta seja separada da planta mãe. Desta forma, o ramo que está se desenvolvendo, continua sendo alimentado com seiva, sem sofrer com a desidratação e o enfraquecimento que geralmente acontecem na estaquia. Em larga escala, a alporquia é um método caro e de baixo rendimento, se comparado à estaquia, portanto é indicado apenas para plantas que têm dificuldade de se propagar por outros métodos.

A alporquia além de método de propagação, também é uma ótima maneira de rejuvenescer plantas que se desenvolveram demais em altura e apresentam caule comprido e desfolhado. A alporquia com esta finalidade é comum em Fícus, Dracenas, Crótons, Comigo-ninguém-pode, Filodendros, etc.

O local da anelamento deve ser coberto
com esfagno e protegido com plástico

Há duas principais maneiras de se fazer a alporquia. Uma destina-se principalmente a ramos herbáceos e semilenhosos, e consiste em se fazer um pequeno corte transversal no ramo, mantendo-se o corte aberto.

A outra é mais indicada para ramos lenhosos e trata-se de se fazer dois cortes circulares e paralelos e o descarte do local, permanecendo um anel, chamado de anel de Malpighia. A diferença principal entre os métodos é que o primeiro não interrompe a circulação de seiva elaborada, sendo mais suave, e o segundo permite apenas a circulação de seiva bruta, interrompendo totalmente a passagem da seiva elaborada. O anelamento também pode ser realizado através do amarrio de um arame metálico, chamado de “forca” ou “torniquete”. Pode-se fazer ainda um anel incompleto, com um pequeno segmento permitindo a passagem de seiva elaborada.

Após o corte, em qualquer um dos métodos, se procede à aproximação de musgo, esfagno ou outro substrato úmido, envolvendo bem o local, com a utilização ou não de hormônio enraizador no local do corte. Cobre-se então o substrato com plástico, preferencialmente escuro, amarrando-se em ambas as extremidades com barbante ou fita adesiva, sem apertar. Pode-se deixar um pequeno orifício na parte superior que permita regar o substrato.

Com o passar de algumas semanas ou meses, dependendo da espécie, as novas raízes já estarão bem formadas e o alporque poderá ser cortado, logo abaixo das raízes e replantado em um vaso. As raízes nesta fase são muito finas e delicadas e ao se retirar o plástico, o pequeno torrão deve ser preservado. Após o plantio em vasos, as mudas assim formadas devem permanecer em estufa úmida até o completo enraizamento, antes do plantio no local definitivo.

Plantas indicadas para propagação por alporquia:

É possível fazer alporques em muitas
frutíferas, como pitangueiras
Foto: Cristina Cards

• Azaléia
• Bordos (Acer sp)
• Cerejeira
• Cipreste
• Pitangueira
• Romã
• Jabuticabeira
• Azevinho
• Camélia
• Laranjeira
• Macieira
• Nogueira-pecan
• Pereira
• Gardênia
• Magnólia
• Roseira
• Dracenas
• Comigo-ninguém-pode
• Ficus
• Filodendro
• Monstera
• Cróton
• Falsa-arália
• Tuias
• Pinheiros

Texto: Raquel Patro

Observação

Outra forma de se fazer o alporque, é não usar o Sphagnum/vermiculita  e o plástico é usar um pote ou vaso plástico , o método é o mesmo , mas não recomendo pois tem que ficar molhando frequentemente