Adubos NPK micro e macro nutrientes – 24/03/2016
Categoria: Cuidados
NPK
O nitrogênio tem ação na parte verde da planta, as folhas. É um dos principais componentes das proteínas vegetais, sem ele as plantas não podem realizar a fotossíntese nem a respiração. Atua no crescimento e nas brotações da planta. Sem nitrogênio, a planta não cresce normalmente, se torna pequena e com um menor número de folhas. A presença de folhas amareladas é um bom indício de falta de nitrogênio.
• Onde encontrar: Ureia, Sulfato de Amônio, Salitre do Chile e adubos compostos com grande percentual de N, como NPK 20.05.20 (químicos) e esterco bovino e de aves, húmus de minhoca e farinha de peixe (orgânicos).
Fósforo (P)
O fósforo atua principalmente na floração e na maturação e formação de frutos, no crescimento das raízes e na multiplicação das células, o fósforo é essencial às plantas e deve estar presente em uma forma inorgânica simples para que possa ser assimilado. Atraso no florescimento, flores quebradiças e pequeno número de frutos e de sementes são indícios de falta de fósforo.
• Onde encontrar: Superfosfatos, Termo fosfatos e adubos compostos com alto percentual de P, como NPK 04.14.08 (químicos) e farinha de ossos e farinha de peixe (orgânicos).
Potássio (K)
O potássio é essencial para o crescimento e responsável pelo equilíbrio de água nas plantas. Atua no tamanho e na qualidade dos frutos e na resistência a doenças e falta de água. Crescimento lento, raízes pouco desenvolvidas, caules fracos e muito flexíveis e formação de sementes e frutos pouco desenvolvidos são indícios de falta de potássio.
• Onde encontrar: Cloreto de Potássio, Sulfato de Potássio e em adubos compostos com alto percentual de K, como NPK 20.05.20 (químicos) e cinza de madeira e esterco bovino (orgânicos).
Micronutrientes
Boro: auxilia na síntese de enzimas, transporte de glicose e divisão celular.
Cobre: indispensável na fotossíntese, produção de sementes e paredes celulares.
Ferro: necessário na fotossíntese e funções associadas as enzimas.
Molibdênio: auxilia na produção de aminoácidos.
Manganês: indispensável na produção das estruturas celulares responsáveis pela fotossíntese, os cloroplastos.
Zinco: auxilia na síntese de diversas enzimas e transmissão do material genético.
Níquel: metaboliza o nitrogênio e estabiliza os níveis de ureia na planta.
Cobalto: auxilia na síntese da vitamina B12 e acelera o processo de crescimento de raízes.
Cloro: participa da fotossíntese e controle em meio hipotônicos e hipertônicos.
Macronutrientes
Carbono: responsável pela formação de moléculas orgânicas, auxiliando na reserva de energias no vegetal.
Hidrogênio: proveniente da água auxilia na composição das biomoléculas.
Oxigênio: utilizando na respiração celular, esse processo transforma os açucares provenientes do processo de fotossíntese em energia.
Nitrogênio: indispensável para o desenvolvimento proteico, a sua falta acarreta a má formação celular, como por exemplo, frutas atrofiadas.
Fósforo: além da importante na formação da maioria das estruturas celulares da planta (crescimento, floração e formação das sementes), o fósforo cumpre o papel vital de converter a energia solar em energia química, possibilitando assim o processo de fotossíntese.
Potássio: auxilia na manutenção dos níveis hídricos da planta de acordo com a água disponível, em especial em períodos de seca.
Cálcio: auxilia no transporte de nutrientes e na síntese de enzimas.
Magnésio: presente na composição da clorofila auxilia na síntese de algumas enzimas.
Enxofre: fundamental na composição celular dos cloroplastos.
Micronutrientes e Sintomas de Deficiência (greenpower.net.br/blog)
Além de N, P e K, as plantas precisam de outros nutrientes, porém em quantidades menos expressíveis. São eles Cálcio, Magnésio e Enxofre (os outros três macronutrientes além de NPK) e os micronutrientes Boro, Cobre, Ferro, Manganês, Cloro, Molibdenio, Cobalto, Níquel e Zinco.
Os micronutrientes ocorrem em teores muito baixos no solo assim como também são requeridos pelas plantas em quantidades muito pequenas. Dependendo do tipo de substrato utilizado em cultivos caseiros poderá ou não haver a necessidade de fertilização com micronutrientes: substratos inertes geralmente demandam a adição de todos os nutrientes que a planta precisa, já se houver mistura de matéria orgânica (humus, turfa, terra vegetal, estercos, etc.), a fertilização com micronutrientes não será essencial. Nesse caso, os sinais de deficiência na planta por falta de micronutrientes só aparecem após os primeiros meses de cultivo.
Disponibilidade e ciclagem dos micronutrientes
A disponibilidade dos micronutrientes para as plantas é influenciada pelas características do solo, como a textura, teor de matéria orgânica, umidade, pH e interação entre nutrientes. Devido à ação da chuva, vento e sol, o solo perde seus nutrientes, num processo chamado intemperismo. À medida que a água das chuvas penetra nas camadas mais profundas, associado ao vento e ao calor do sol, especialmente em solos descobertos, os nutrientes são arrastados e as plantas começam a mostrar sinais de deficiência. O mesmo ocorre em vasos, canteiros e jardineiras onde, com a água das regas e absorção pelas plantas, os nutrientes esgotam-se em pouco tempo.
O cálcio (Ca), potássio (K) e magnésio (Mg) são os primeiros nutrientes a esgotarem-se,
dando lugar a óxidos prejudiciais às plantas. O sódio e os óxidos de alumínio são os compostos mais prejudiciais ao desenvolvimento das raízes. Para corrigir problemas de solos pobres em nutrientes a primeira coisa a se fazer é adubar com matéria orgânica. Os microorganismos benéficos que se desenvolvem naturalmente no solo produzem ácidos orgânicos e outras substâncias que atuam nos minerais e na agregação das partes do solo, renovando a ciclagem dos nutrientes e dando vida ao solo. Os fertilizantes minerais são sais que muitas vezes matam a vida do solo, pois são muito ácidos e/ou salinos. Desta forma, se um cultivador optar por fertilizantes minerais, é importante que o substrato esteja saudável e contenha matéria orgânica.
Mobilidade e Sintomas de Deficiência
Tanto os macro quantos os micronutrientes são absorvidos e transportados pelos tecidos vegetais de diferentes formas. A mobilidade desses elementos diz respeito à facilidade com que chegam aos tecidos mais apicais da planta, ou seja, nas partes mais jovens, em crescimento. Esse é um fator que varia muito entre um nutriente e outro e por isso os sintomas de deficiência podem ser notados em partes diferentes na planta: sinais de deficiência em boro, cálcio, manganês são notáveis nos ramos mais jovens, enquanto o magnésio, potássio e fósforo apresentam sintomas nas folhas mais velhas. Veja a representação na figura.
Interações físico-químicas que influenciam na absorção dos nutrientes
O pH exerce uma grande influência na absorção dos nutrientes. O cobre, ferro, manganês e zinco, por exemplo, tornam-se insolúveis com a elevação do pH do solo.
Solos arenosos e pobres em matéria orgânica são mais propensos às deficiências de micronutrientes pois, além de não disporem de uma fonte que é a matéria orgânica, a lixiviação é facilitada pela falta de cargas elétricas que permitiriam a retenção dos micronutrientes adicionados via adubação.
A presença de água no solo é importante não somente para hidratação da planta, mas também para a ciclagem dos nutrientes. Um substrato úmido facilita a decomposição pelos microrganismos, processo que é o responsável por suprir os nutrientes que as plantas necessitam.