Li muitos artigos sobre adubação, no entanto nada encontrei como forma definitiva sobre o assunto, cada um defende um ponto de vista, cada um tem pros e contras é tudo muito relativo, eu particularmente prefiro os adubos químicos tipo (basacote /Osmocote) devido a sua praticidade, mas mesmo assim de tudo que li juntei alguns arquivos que achei interessantes e que podem ajudar a optarmos por uma ou outra forma de adubação, espero que gostem e que isso ajude a todos.
No Outono e no Inverno
As plantas iniciam o repouso mesmo que guardem as suas folhas ou que deem flores durante o Inverno. Não precisam de se alimentar nesta altura. A única fertilização eventual será feita com adubos de libertação lenta, como o chifre em pó junto aos pés das sebes.
O adubo estrela do Inverno é o estrume! Espalhado em camadas entre 5 a 15 cm na terra e colocado no pé das plantas, vai decompor-se rapidamente e produzir húmus logo no inicio da Primavera, que é a altura em que as plantas mais necessitam. Com o estrume não existe o risco de dosagem em excesso.
O melhor momento para espalhá-lo é em Janeiro-Fevereiro. Antes desta altura os nutrientes contidos no estrume seriam libertados pelas chuvas do Inverno. E espalhado mais tarde, não teria tempo de se decompor até à Primavera. (mas iria alimentar durante o Verão).
Na Primavera
Mesmo antes da estação começar, devemos encorajar as plantas a terem um bom desenvolvimento. As raízes estão muito cativas neste momento e estão prontas a receber os elementos nutritivos. Necessitam de um adubo que lhes forneça alimento bastante rápido, mas não em grandes quantidades, pois, em caso de excesso, o risco de queimadura é muito grande.
Para as plantas do solo pobre e para os vegetais gulosos é aconselhado um adubo rico, com difusão rápida, mas moderadamente doseado. Se pensar nisto com tempo, pode espalhar um adubo orgânico de difusão relativamente rápida, como os que são apresentados em pó. Senão, utilize adubos orgânicos líquidos ou adubos sintéticos, que atuam de imediato (cuidado com a sobre dosagem), ou lentamente (adubos de libertação lenta).
No Verão
As culturas estão cultivadas e instaladas, mesmo as sazonais. Se for necessário adubar deverá fazê-lo com um adubo de ação rápida, este tem a designação “fertilizante rápido” na embalagem. Nesta categoria, encontram-se os adubos químicos e os orgânicos, como o guano e o potássio, em granulado.
Eles atuam imediatamente e uma dosagem excessiva provoca queimaduras nas raízes. No entanto, bem utilizados dão vigor à planta empobrecida que esteja num vaso e ainda não conseguimos mudar de vaso, e também vão melhorar a frutificação dos legumes que estejam carregados de frutos jovens. As sebes jovens, em pleno desenvolvimento, situadas em terreno ingrato (cascalho) apreciarão esta fertilização.
Quando o Verão já está avançado, pode começar a espalhar adubos de difusão lenta, dos quais as plantas beneficiarão durante o Outono e mesmo ainda na Primavera seguinte. Os adubos rápidos não devem ser utilizados em plantas que estão em fim de vida, pois apenas contribuiriam para poluir o solo.
Adubos e Fertilizantes
As plantas necessitam de diversos nutrientes para crescerem sadias e nem sempre o solo onde ela está plantada dispõe de todos eles, graças a isso foram inventados os fertilizantes que são compostos contendo os nutrientes necessários para uma determinada cultura.
É de extrema importância para quem vai cuidar de uma planta, mesmo que em vaso, jardim ou jardineira, conhecer os principais tipos de adubos para poder saber qual é o ideal para seu cultivo, plantas com falta ou excesso de nutrientes no solo ficam fragilizadas e com aparência aquém do desejado.
A fertilização pode ser feita de diferentes formas visando diferentes fins, por exemplo, pode se aplicar o adubo direto ao solo, tendo assim uma absorção lenta, misturado à água de rega, para mais fácil aplicação no solo de alguns elementos que vierem a faltar, ou pulverizado nas folhas da planta, o que causa uma absorção muito rápida, ideal para a época de floração/frutificação.
O fertilizante pode ser também de origem orgânica ou mineral, de PH ácido, básico ou neutro. Explicarei mais detalhadamente a característica de cada tipo de adubo a seguir.
Adubos Orgânicos
Embora existam várias fontes de adubo orgânico, como a vinhaça, adubo verde ou resíduos de indústrias que trabalham com animais e plantas, o que é mais utilizado em hortas caseiras e plantas ornamentais é o esterco, graças a sua facilidade de obtenção e o fato de apresentar bons resultados.
Os adubos orgânicos apresentam efeitos lentos pelo fato que existem várias reações neles que demoram a ser realizadas pelos micro-organismos presentes, o que fazem deles ideais para plantas nas quais você não queira ter que se preocupar frequentemente.
Mesmo em casos onde se pretende utilizar adubos químicos é aconselhável a utilização de uma quantidade mínima de adubo orgânico, pois ele além de garantir um melhor ecossistema a micro-organismos naturais que coexistem com a planta, o fato de serem de absorção lenta faz com que a planta tenha uma quantidade mínima de nutrientes constante.
Adubos Minerais ou Sintéticos
Geralmente se apresentam em forma de pedrinhas, pó ou liquido, dependendo da forma de aplicação, têm função de fornecer de imediato a terra ou planta algum nutriente ou característica que ela não tenha. Costumam ser de absorção rápida logo perdem o efeito em pouco tempo, por isso a importância de sempre administrar um pouco de adubo orgânico ao solo também.
Em geral as embalagem possuem três números (como “12-12-16”) que informam respectivamente as concentrações de nitrogênio, fósforo e potássio (abreviado como “NPK” graças a seus símbolos na tabela periódica). Os adubos não neutros vêm também com informações sobre sua alcalinidade ou acidez (valor do PH), que deve ser observado, pois cada planta tem sua faixa de acidez ótima para se desenvolver.
Veja um bom exemplo de adubos que usam o sistema NPK:
O nitrogênio costuma garantir bom crescimento uma vez que contribui com que a folhas fiquem mais verdes e realizem melhor a fotossíntese, já o potássio e o fósforo contribuem para uma melhor floração da planta, logo é bem útil à aplicação foliar de fertilizantes baseados nesses nutrientes logo antes e durante a produção de flores e frutos no intuito de termos melhores resultados.
Certas culturas não podem ter mais que uma quantidade específica de algum nutriente, como por exemplo, os bonsais que necessitam de solo com pouco nitrogênio para que a planta não cresça muito, logo além de garantir que você não esteja deixando faltar nada a sua planta, garanta que não está exagerando em algo que não deveria ao utilizar um fertilizante sintético.
Formas de Adubação
- Adubação no solo: Quando for plantar uma nova muda é aconselhável que você revolva bastante a terra em volta do lugar onde ela crescerá com o intuito de torná-la mais solta e facilitar o crescimento das raízes e absorção de nutrientes, depois disso deve-se remover parte da terra, misturá-la ao adubo e devolvê-la ao lugar. Aconselha-se para a maioria das culturas cerca de 1/3 de adubo orgânico dissolvido na terra, além de mais um pouco de adubo químico para suprir alguma deficiência. Se for realizar uma adubação superficial direta no solo depois do plantio, não coloque o adubo encostado ao caule, o coloque a certa distância da planta de tal maneira que conforme ocorrer às regas ele seja levado lentamente para a raiz.
- Adubação por rega: Alguns adubos podem ser aplicados no solo através da sua dissolução na água utilizada durante a rega, praticamente basta dissolver a quantidade aconselhada pelo manual do produto e regar a terra com a solução. Esse tipo de adubo é menos duradouro que o misturado ao solo, mas é bem útil para suprir alguma falta que ocorrer por algum motivo.
- Adubação foliar: É a forma mais cara de adubação uma vez que ela tem ação muito rápida e nada duradoura, graças a isso é utilizada de forma auxiliar apenas em culturas onde o foco é produzir boas frutas ou flores vividas. Sua absorção ocorre de forma quase imediata pelas folhas da planta, mas apenas caso a acidez da solução for correta para o tipo de planta, por isso deve-se utilizar o borrifamento de fertilizantes apenas com produtos apropriados à espécie que está sendo criada e na concentração adequada.
Lembrando-se que podemos combinar as diferentes formas de adubação citadas acima no intuito de obter melhores resultados para certas culturas.
Ficamos por aqui nesse artigo, acredito que abordei as formas mais comuns de fornecer os nutrientes adequados às plantas do seu jardim, não deixe de conferir nossos outros artigos, pois existem vários fatores além da boa adubação a ser considerado quando se deseja ter plantas de boa qualidade.
Como adubar Suas Plantas
Adubação é a reposição dos nutrientes retirados do solo pelas plantas para o crescimento, floração, frutificação e a multiplicação.
Adubos Orgânicos – São aqueles provenientes de matéria de origem animal ou vegetal, tem uma composição química mais equilibrada, e incorporam ao solo doses mínimas de macro e micronutrientes. Melhoram a textura do solo, tendem a aumentar a flora bacteriana e a microfauna que dão vida a terra e são absorvidos lentamente pelas plantas.
Adubos Inorgânicos – São obtidos a partir da extração mineral ou do refino do petróleo. Por colocarem a disposição da planta os elementos químicos praticamente em condições de serem absorvidos, produzem efeito mais rápido.
Algumas Dicas
♦ Como a concentração do adubo inorgânico é mais alta, em doses excessivas podem interferir no metabolismo vegetal, prejudicando o desenvolvimento e até queimando, quimicamente a planta. Procure respeitar as informações e indicações contidas nas embalagens.
♦ O adubo granulado precisa sempre ser incorporado ao solo. Ele não deve ficar exposto, nem próximo das raízes e do caule da planta, pois o contato pode causar danos.
♦ As adubações são feitas antes do período de florescimento e após a colheita ou poda, para compensar as perdas de nutrientes e preferencialmente, nos períodos chuvosos.
♦ Durante o outono e inverno as plantas entram numa fase de dormência, caracterizada pela redução de sua atividade vegetativa. A fertilização durante este período deve ser diminuída ou evitada.
♦ Os adubos minerais não substituem as adubações orgânicas. Os adubos orgânicos dão vida ao solo, aumentando a quantidade de microrganismos, que auxiliam na alimentação das plantas.
♦ Deve-se intercalar adubações orgânicas e inorgânicas durante o ano.
- Adubo orgânico nos meses secos.
- Adubo inorgânicos nos meses chuvosos.
♦ Para saber a quantidade de adubo orgânico a ser utilizada, oriente-se pela tabela, considerando que um balde plástico, destes que se tem em casa, costuma ter capacidade para 20 litros.
Como adubar
Arvores
É recomendado adubar árvores a cada seis meses.
Adubação orgânica – O adubo orgânico é aplicado sob a copa, incorporando-o de leve ao solo, com as seguintes medidas:
- Árvores de grande porte – Usar 20 litros esterco de boi ou composto orgânico.
- Árvores de médio porte – Usar 15 litros esterco de boi ou composto orgânico.
- Árvores de pequeno porte – Usar 10 litros esterco de boi ou composto orgânico.
Árvores floríferas – usar a mesma quantidade anterior e acrescentar 100 gramas de farinha de osso.
Adubação Química – Por ser adubo químico granulado, o ideal e misturar o NPK a partes iguais de esterco de boi ou composto orgânico e areia, fazer de 6 a 10 buracos em volta da planta com 5 a 10 cm de profundidade, preencher com a mistura até a boca e cobrir com terra. Regar generosamente a seguir.
- Árvores – Usar 100 gramas de NPK 10-10-10 por m².
- Árvores floríferas – Usar 100 gramas NPK 4-14-8 por m² ou aproximado, não encontrando usar NPK 10-10-10 mais 100 gramas de farinha de osso por m².
Para calcular a área aproximada em metros quadrados coberta pela copa de uma árvore ou arbusto, meça a distância entre o tronco da planta e o perímetro da copa. Depois, multiplique o número encontrado por ele mesmo e o resultado por 3.
.Arbustos
Adubar arbustos de 2 a 3 vezes ao ano.
Adubação orgânica – O dubo orgânico e aplicado sob a copa, incorporando de leve ao solo, com as seguintes medidas:
- Arbustos de folhagem – Usar 10 litros de esterco de boi bem curtido ou composto orgânico.
- Arbusto florífero – Usar 10 litros de esterco de boi bem curtido ou composto e acrescentar 100 gramas de farinha de osso.
Adubação química – Por ser adubo químico granulado, o ideal e misturar o NPK a partes iguais de esterco de boi ou composto orgânico e areia, fazer de 6 a 10 buracos em volta da planta com 5 a 10 cm de profundidade, preencher com a mistura até a boca e cobrir com terra. Regar generosamente a seguir.
- Arbustos de folhagem – Usar 100 gramas de NPK 10-10-10 por m².
- Árbustos floríferos – Usar 100 gramas NPK 6-12-6 por m² ou aproximado. Não encontrando usar NPK 10-10-10 mais 100 gramas de farinha de osso por m².
Vasos
Deve-se adubar vasos todos os meses. Intercalando adubação orgânica e inorgânica.
Adubação orgânica – Incorpore 3 vezes ao ano fertilizante orgânico ao solo, aproveitando para afofar a terra dos vasos. Para plantas onde as folhas predominam usar esterco de gado, torta de mamona, composto orgânico entre outros. Seguir orientação do fabricante, pois os vasos variam de tamanho.
Para plantas floríferas, usar o mesmo adubo anterior + farinha de osso. Regar generosamente a seguir.
Adubação química – Os adubos inorgânicos podem ser em pó ou granulados. Faça pequenos furos no substrato com um lápis, quase na borda do vaso, coloque o adubo e cubra. Regar generosamente a seguir.
- Plantas com folhagens – Usar NPK 10-10-10 ou fórmula aproximada desde que o N (nitrogênio seja maior), seguindo a orientação do fabricante.
- Plantas floríferas – usar NPK 4-14-8 ou fórmula aproximada, não encontrando usar NPK 10-10-10 e acrescentar farinha de osso.
Planta comprada em lojas geralmente vem com um substrato muito leve, com poucos nutrientes, pois no cultivo usa-se muito a adubação líquida diluída na irrigação controlada, chamada de fertirrigação. O ideal é trocar a planta para um vaso com terra fértil, composto orgânico e com boa drenagem ou adubar frequentemente, pois em pouco tempo a planta definhará por falta de nutrientes.
.
Samambaias
É recomendado adubar todos os meses.
Adubação orgânica – Usar todo mês 2 colheres de (sopa) torta de mamona em vasos médios, aumentar ou diminuir a quantidade dependendo do tamanho do vaso.
Ou fazer uma pasta com farinha de osso e farelo de mamona diluído em água. A mistura deve ser posta a secar, por duas a três semanas, em recipiente fechado. Resultará numa pasta a ser aplicada em pequenas porções, nas bordas internas do vaso.
Adubação química – Usar NPK 12-8-6 ou aproximado, ou adubo líquido apropriado para samambaia diluído em água e pulverize as folhas. Seguir a orientação do fabricante. Regar generosamente a seguir.
.
Orquídeas
Quando a orquídea for cultivada artificialmente em vasos, deve-se suprir suas necessidades de nutrientes artificialmente.
É recomendado adubar a cada três meses, intercalando adubação orgânica e inorgânica.
Adubação orgânica – Uma boa mistura são três partes de torta de manona, uma parte de farinha de osso e 1 parte de cinza de madeira. Usar uma colher de café em vasos pequenos e uma colher de chá em vasos grandes, longe das brotações e raízes novas. Regar generosamente a seguir.
Adubação inorgânica – No mercado a adubos químicos para orquídeas em forma de pó ou na forma líquida.
Distribuir esta solução nutritiva por toda a planta, inclusive nas raízes, através de pulverizações ou mergulhando o vaso por 2 a 3 minutos nesta solução. Seguir a orientação do fabricante.
Outra opção e usar NPK adequado para cada fase do desenvolvimento:
- Durante a fase de crescimento, usar NPK rico em nitrogênio na fórmula 10-5-5 ou aproximado.
- Para manutenção da planta adulta 14-14-14 ou aproximado.
- Quando o pseudobulbo estiver quase formado e começar a aparecer às hastes florais, a planta precisará um NPK rico em fósforo, na fórmula 15-30-15 ou aproximado.
Calda de esterco
Excelente para regar orquídeas.
Colocar 10 litros de água e 1/2 litro de esterco de gado bem curtido e deixar em infusão por 10 dias. Coar e guardar.
Diluir 1 medida da calda, para 9 medidas de água. Aplicar em toda a planta.
“Importante”
Recomenda-se colocar mensalmente o vaso com a planta, dentro de um balde cheio de água limpa e deixar de molho por 15 minutos, para retirar o excesso de sais, que se forma e que pode queimar as raízes.
…
Cactos
Adubar a cada três meses.
Adubação orgânica – Para cactos até 15 cm, 1 colher de chá de torta de mamona e outra de farinha de osso.
.
Rosas
Para roseiras o indicado é adubação de origem “orgânica”. Deve-se adubar 3 vezes ao ano.
- A primeira na época da poda anual de junho a agosto.
- A segunda em novembro.
- A terceira em janeiro ou fevereiro.
Incorporando ao solo 15 litros de esterco curtido ou adubo orgânico, 200 gramas de farinha de osso e 100 gramas de torta de mamona.
Espalhe a mistura em volta da planta e incorpore-a ao solo, tomando cuidado para não aprofundar demais, de modo a evitar machucar as raízes.
.
Gramados
Deve-se adubar 4 vezes ao ano.
Adubação orgânica – Fazer uma cobertura anual no inverno com 40% de terra, 30% de areia e 30% de adubo orgânico (estercos, torta de mamona, húmus de minhoca ou composto orgânico).
Adubação química – No início da primavera, verão e outono, espalhe em cada metro quadrado, na superfície do gramado, 17 gramas de NPK 20-18-6, ou fórmula aproximada. Não encontrando esta fórmula, use 33 gramas de NPK 10-10-10. O NPK pode ser espalhado a lanço, com o cuidado de não acumular fertilizante em qualquer área, se isso ocorrer à grama desse local ficará queimada. O melhor é fazer este trabalho no final da tarde ou em dia nublado.
Adubos Orgânicos
Os Principais Adubos Orgânicos
Húmus de Minhoca
Húmus de minhoca é básico. Se você não usa, passe a usar urgente. Só com ele você e suas plantas já tem meio caminho andado para a felicidade.
O húmus tem macro e micronutrientes e por isso proporciona uma nutrição bem completa e equilibrada para as plantas. Uma das grandes vantagens do húmus é que ele ajuda a recuperar solos cansados e já pobres em nutrientes. Por isso ele deve ser usado misturado ao substrato no plantio e no transplante e durante a manutenção deve também ser usado com mais frequência do que os outros adubos, especialmente em vasos, para manter o substrato saudável e consequentemente também as plantas.
Sugestão de uso: em plantios (sementes, mudas novas ou transplante) eu uso 3 partes de substrato para 1 parte de húmus. Para adubação mensal uso 2 col. de sopa para vasos pequenos (quando eu digo pequeno não é vaso de violeta, são vasos que tenham por volta de 20 cm de altura), 4 col. de sopa para vasos médios e 8 col. de sopa para vasos grandes. Isso é apenas para se ter uma ideia da quantidade. Se estiver em dúvida coloque “de menos”, não exagere.
Torta de Algodão
De torta não tem nada, na verdade é um farelo de algodão que é rico em nitrogênio. Eu adoro esse adubo e uso periodicamente.
Sugestão de uso: use na proporção de 1 parte de torta de algodão para cada 4 ou 8 partes de húmus dependendo das necessidades da planta.
Farinha de Osso
Também gosto muito da farinha de osso e uso periodicamente junto com o húmus e a torta de algodão. A farinha de osso é rica em fósforo e cálcio.
Sugestão de uso: use na proporção de 1 parte de farinha de osso para cada 4 ou 8 partes de húmus dependendo das necessidades da planta.
Torta de Mamona
A torta de mamona assim como a torta de algodão é rica em nitrogênio, porém é tóxica para animais. Meus gatos não costumam fuçar a terra dos vasos, até porque minha varanda é território proibido para eles, mas como há um substituto excelente não há motivo para arriscar. Prefiro não conviver com o risco por menor que seja. Mas para quem usa há até uma mistura pronta de torta de mamona e farinha de osso.
Sugestão de uso: use na proporção de 1 parte de torta de mamona para cada 4 ou 8 partes de húmus dependendo das necessidades da planta.
Esterco
A concentração de nutrientes do esterco pode variar muito e ele só deve ser usado curtido, jamais fresco. Você deve usar 1 kg de esterco bovino curtido para cada 10 litros de água e deixar curtir por 10 dias. Normalmente o esterco é vendido já curtido e você só precisa colocar na água.
Eu prefiro o húmus ao esterco. Nunca usei esterco, é verdade, mas sinceramente não tenho a menor intenção de usar. O húmus é mais seguro e mais prático.
Sugestão de uso: diluir 1 parte do líquido do esterco curtido em 10 partes de água e usar na rega.
Compostagem
Há varias formas de fazer compostagem e de usá-la. A compostagem é muito interessante por aproveitar toda e qualquer sobra de matéria orgânica e é um excelente adubo para as plantas. Como sugestão vou deixar dois posts do blog, um explica como fazer um minhocário e o outro a compostagem em garrafa pet.
Como Escolher o Adubo
Primeiramente húmus é vida. Então use húmus sempre, independente da planta. Quanto aos outros adubos você deve ter em mente o seguinte:
– Nitrogênio: estimula o crescimento foliar e o colorido mais intenso e vivo das folhas.
– Fósforo: estimula formação de flores, frutos e raízes.
– Potássio: fortalece as raízes e torna as plantas mais resistentes à doenças e pragas.
Portanto quando você desejar estimular floração e frutificação opte por adubos ricos em fósforo, como a farinha de osso. Caso queira estimular novos brotos e dar vida à planta prefira adubos ricos em nitrogênio, como torta de algodão e torta de mamona. Em casos de plantio ou transplante, especialmente de mudas jovens, opte por adubos ricos em potássio (o húmus é rico em potássio, um dos seus micronutrientes).
Com que Frequência Adubar
Isso vai depender de quais adubos você usa e de como usa. Vou falar mais sobre a frequência e como usar os adubos nos próximos posts.
Quando Adubar
A melhor lua para adubar é a minguante e em geral o ideal é adubar da primavera até o outono e parar a adubação no inverno.
Vantagens dos Adubos Orgânicos
São tantas… mas eu sou suspeita porque sou meio xiita no que diz respeito aos adubos orgânicos. Claro que o adubo químico também tem suas vantagens, mas é e sempre será química pra mim, com ou sem vantagens, então se eu puder não usar, não uso.
Mas vamos às vantagens dos adubos orgânicos:
– São liberados lentamente no solo;
– Seu efeito tem uma durabilidade maior;
– Além de nutrir o substrato evitam que fique compacto;
– Não oferecem risco se usados em excesso, pois não queimam a planta (o que não quer dizer que você pode chutar o balde e entupir sua planta de húmus).
- Adubo Inorgânico: são adubos obtidos a partir de extração mineral ou refino do petróleo. Alguns exemplos são: os fosfatos, os carbonatos, os cloretos e o salitre do Chile.
A vantagem desse tipo de adubo é que, como eles se apresentam na forma iônica, seus nutrientes são absorvidos pelas plantas com maior facilidade e o resultado é mais rápido.
Além disso, eles apresentam composição química definida e os orgânicos não; de modo que é possível realizar com eles cálculos precisos sobre a quantidade que se deve usar em cada caso. Isso é extremamente importante, pois o uso excessivo de adubos inorgânicos pode causar desastres ambientais, como mudança na composição química do solo, tornando-o menos produtivo e, em longo prazo, causando danos ao ecossistema.
É por isso que muitos ambientalistas defendem o uso dos adubos orgânicos, dizendo que eles não causam nenhum risco ambiental. Porém, os que defendem os adubos inorgânicos dizem que os orgânicos só são viáveis para pequenas lavouras e que podem contaminar o solo se houver agentes infecciosos nas fezes dos animais.
Uma saída, nesse último caso, é usar somente restos vegetais para produzir o adubo orgânico. Mas uma boa maneira de se compensar os efeitos negativos de cada método de adubação é conhecer bem as propriedades do solo que se está trabalhando e realizar uma combinação equilibrada de todas essas técnicas.