Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Sebastiania commersoniana (Baill.) L. B. Sm. & Downs
Sinonímia botânica: Sebastiania klotzschiana (Müll, Arg.) Müll. Arg.
Nomes populares: Branquilho-bravo (RNC), branquilho, branquinho
DESCRIÇÃO DA ESPECIE
Árvore caducifólia, heliófita,espécie secundária inicial (DURIGAN & NOGUEIRA,1990); VACARO et al., 1999). Sua altura atinge até 20 m e seu diâmetro até 60 cm.
Folhas: Simples, de filotaxia alterno-espiraladas, elíptico-lanceoladas. Medindo até 6 cm de comprimento e até 4 cm de largura.
Flores: Pequelas, ápetalas verde-amareladas, com inflorescências espiciformes.
Fruto: Cápsula esférica, tricoca de cor verde. E possui 3 sementes por fruto.
Floração: Agosto/Novembro.
Frutificação: Janeiro/Maio.
Sistema sexual: hermafrodita.
Polinização: abelhas e pequenos insetos
Dispersão: autocórica, hidrocórica, ictiocórica por peixes, e ornitocórica pássaros principalmente as rolinhas. Foto
Apícola: As flores do branquilho são melíferas.
Utilização: Lenha e carvão
Ocorrência: Floresta Ombrófila Mista, de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul.
Sebastiania commersoniana é uma espécie arbórea bastante comum em ambientes aluviais, em diversas condições pedológicas, graças a sua plasticidade e capacidade de tolerar períodos de inundação. Foram amostrados 21 indivíduos adultos dessa espécie, na planície do rio Iguaçu, visando à caracterização anatômica da madeira e sua interpretação em termos funcionais. S. commersoniana possui porosidade difusa, vasos solitários e múltiplos de dois a seis, com arranjo radial e placas de perfuração simples. Os vasos são pouco frequentes (12-16-20/mm2), com diâmetro de 54-88-117 µm e elementos de vaso com comprimento 164-602-1025 µm. As fibras libriformes têm 656-1222-2050 µm de comprimento, 10-26-42 µm de largura, e paredes delgadas a espessas (1,0-2,8-5,1 µm). Fibras gelatinosas são frequentes. Ocorre parênquima apotraqueal difuso em agregados, e paratraqueal escasso. Os raios, unisseriados, têm 164-805-2787 µm de altura e 12-22-35 µm de largura. Células perfuradas de raio são frequentes, bem como máculas contendo grãos de amido. Estes também ocorrem no parênquima radial e no axial. A espécie desenvolve lenho de tensão em árvores inclinadas. A maioria dos caracteres observados coincide com descrições disponíveis para o gênero e a família a que a espécie pertence. Algumas características qualitativas são discutidas quanto às suas possíveis funções e implicações para a autoecologia da espécie.